Olá caros amigos, ai vai:
Em julho passado, José Serra vetou o projeto de lei 534/07, qual exige a adoção de sacolas plásticas oxi-degradáveis por parte dos estabelecimentos comerciais de São Paulo.
Mas se os poderes públicos estão relutantes, o mesmo não se pode dizer da iniciativa privada que, mesmo sem a obrigação imposta por leis, vem adotando a tecnologia. Multinacionais como Wal Mart, o grupo Sonae, a Pizza Hut e a rede Jumbo, do Chile, são apenas algumas delas, numa tendência que se mostra crescente.
E dai José?
O plástico oxi-degradável recebe aditivos que o levam a se degradar em apenas 18 meses, um aparente ganho ambiental em relação ao produto convencional que, segundo estimativas, demoraria até quatro séculos para sumir do meio ambiente.
Seria essa a 'solução' à questão dos resíduos sólidos?
Pensemos, atualmente os resíduos solidos urbanos são coletados e levados a aterros sanitários, onde são enterrados, em 1994 (alguém corrija-me quanto a data por favor) Maluf eliminou a coleta seletiva obrigatória que existia em São Paulo devido aquele imenso projeto de incineradores, qual por questões técnicas e ambientais óbvias não saiu do papel.
A questão é que, não necessariamente os resíduos são triados para reciclagem, somente algumas organizações fazem isso, porém sem uma lesgilação 'ajudando-as'.
Porém volto a questão, seria o plástico oxi-degradavel a solução?
Análise da palavra: Oxi-degradáveis, materiais que degradam-se em um tempo maior do que o material tradicional sob condições de luz, oxigênio, umidade, temperatura e manejo contínuo.
Voltando ao caminho do plástico, este é coletado, talvez triado para reciclagem e levado ao aterro, onde fica em condições anaeróbias, sem luz, sem manejo, sem garantia de umidade, compactado, etc.
Esse plástico degradaria-se no tempo dito de 18 meses?
Analisemos mais a fundo, como citado ( ou supra-citado como diria Sr. Virgolino), há em alguns pontos a triagem por parte de organizações do resíduo para reciclagem.
iii siii nós utilizasse-mos o oxi-degradável não precissariamos mais a coleta seletiva? Não teriamos mais peso na consciência em utilizar o dito plástico e após lança-lo ao lixo?
Cada vez mais consumir, consumir e consumir?
E com a reciclagem de um material cada vez quantitativamente menor, as indústrias petro-químicas produziriam e venderiam cada vez mais?
Em minha opinião, com certeza esse tema voltará à camara e à casa civil, saibamos o que ocorre e tomemos cuidado ao depararmo-nos com esse plástico, qual já está sendo utilizado em larga escala em redes de supermercados, dando uma sensação de 'dever ambiental cumprido' aos consumidores.
Enfim, lembremos a 'sacolamania*' também pode ser uma saída à nossa dependência do plástico, no entanto lembremos que de plástico somos e vivemos com base nele.
Condecorações e até mais ver
Palilo
*'Sacolamania': Adoção de sacolas retornáveis de pano em supermercados, no Brasil ja começou a ser implantado pela rede Pão de Açucar no Rio de Janeiro, se não engano-me.
Dados: Segundo a lei 0882/05, promulgada em janeiro de 2007, torna-se obrigatória a coleta seletiva de lixo para condomínios, escolas, empresas, repartições públicas e shoppings.
A coleta seletiva de resíduos domiciliares cabe aos municipios.
www.mma.gov.br
www.ambiente.sp.gov.br
www.ambientebrasil.com.br
www.resbrasil.com.br/default.asp?i=4
www.apolo11.com
PS: Críticas, dúvidas, opiniões, sugestões, etc, ponho-me no aguardo.
