Até mais ver: Capítulo I - Respire!

quinta-feira, junho 23, 2011

Capítulo I - Respire!

Governado pelo rei Thorp III, o reino Armindra é um dos maiores reinos da região sul do continente Plates, tavernas para nenhum beberrão botar defeito, ferreiros especializados em diversas artes, pousadas confortáveis e o maior teatro do continente. Armindra possui também a Casa do Tesouro, lugar onde as economias do reino, as recompensas e relíquias conquistadas em nome de Plates ficam guardadas, por esse motivo a cidade está sempre cheia de aventureiros em busca de trabalhos para o rei e de alguns ladrões, infelizmente para eles a Casa do Tesouro é um dos lugares mais resguardados do mundo. O reino possui ao norte um deserto escaldante, a única cor vista nas paisagens do sul é o branco, ele é coberto por gelo e neve, ao leste temos o oceano e ao oeste a floresta de Tentro, por esse motivo, chegar a Armindra já é uma aventura, o único caminho seguro é a noroeste, onde a floresta encontra o deserto formando um jardim estreito, Thorp III vigia esse jardim implacavelmente e apenas pessoas autorizadas podem entrar no reino.
Se visitar algumas tavernas possivelmente encontrará Steve Maxpower, um guerreiro insano da pele escura com cabelos arrepiados e vermelhos, sua fama vem de sempre conquistar seus objetivos, mas raramente de forma convencional e ao gosto de seus clientes. Embora sua aparência já seja marcante ele ainda carrega uma espada mágica, a espada de fogo, dizem por aí que Maxpower não é apenas um caçador de recompensas, mas um ladino do mais alto calibre.
Com sua fama a correr pelas ruas de Armindra o rei Thorp III não demorou em contatá-lo.
Thorp III – Nossa! Deves causar arrepios em seus adversários com essa aparência.
Steve Maxpower – Geralmente em reis desinformados.
Thorp III o olha irritado desejando naquele momento ordenar sua prisão.
Thorp III – Ha! Sua fama procede, vejo que não tens medo de morrer.
Steve Maxpower – E por que teria? Fui chamado a vir aqui.
Thorp III – Deveras...
Steve Maxpower começa a ficar impaciente com a conversa e pensa em abandonar o recinto dando as costas para o rei, mas antes olha a sua volta e percebe que seria arriscado com tantos guardas a acompanhar a conversa, o rei havia reforçado sua proteção somente para esse encontro.
                Thorp III – Tenho um serviço pra você! Estou chamando aqui os melhores aventureiros que existem e seu nome foi citado em uma das reuniões.
                Steve Maxpower – Diga majestade! Eu tenho mais o que fazer.
Thorp III olha desconfiado das intenções de Maxpower, mas prossegue.
                Thorp III – Quero que parta em uma viagem por todo o continente em busca do lendário pergaminho de Briese.
                Steve Maxpower – O que teria de tão importante em um pedaço de papel?
                Thorp III – Irá descobrir quando me entregar. Não o leia!
Steve Maxpower não gostou nada do jeito do rei, mas decide dar por encerrada a conversa, o pergaminho despertou nele um grande interesse.
                Steve Maxpower – Feito!
                Thorp III – Então vá!
Ninguém imagina o que está se passando na cabeça de Maxpower, ele sai do castelo e vai à busca de informações. Ele pergunta em becos, tavernas, pousadas e ferreiros, mas ninguém nunca ouviu falar em tal pergaminho.
Enquanto passava em frente a uma modesta taverna ouve barulhos e gritos, até que um dragun é lançado para fora e cai a seus pés.
Draguns são como os humanos, mas sua aparência é a de um dragão, alguns menos evoluídos, porém mais fortes possuem asas, draguns são guerreiros por natureza e geralmente vivem ao norte do continente.
                Dragun – Esse cara é louco!
O dragun se levanta e corre para longe. Steve entra na taverna e avista o causador de tanta balbúrdia. Surpreso ele pensa em perguntar ao taverneiro o que aquele homem tem de especial, mas antes percebe de que ele carrega um grande martelo, por isso é melhor ter cuidado.
                Steve Maxpower – Psiu! Quem é aquele?
                Taverneiro – O anão?
                Morran – Ei! O que estão falando de mim? Você também quer ser jogado para fora?
Morran é um anão-guerreiro e como tal possui os sentidos mais apurados do que os demais, o que explica como ouviu a pergunta de Steve Maxpower. Anões são naturalmente seres difíceis de aproximar, pois estão sempre de mal humor.
                Steve Maxpower – Não mesmo meu amigo, só estava me perguntando por que alguém com suas qualidades fica arrumando brigas em uma taverna?
                Morran – Ha! Aquele dragun sabe de alguma coisa e não quis me dizer, por isso não me serve.
                Steve Maxpower – E o que você quer saber? Talvez eu possa ajudar. A propósito, sou Steve Maxpower.
Morran – Não quero saber quem você é, e nunca poderia me ajudar com esse cabelo.
Morran e Steve Maxpower continuam a conversar por algum tempo na taverna e Steve fica sabendo que o anão também fora contratado por Thorp III para a missão, e vendo que o anão possui uma poderosa arma decide convidá-lo para partir nessa jornada juntos. Morran havia dito a Steve que aquele martelo não era um martelo comum e sim o poderoso e lendário martelo de Thor, Morram o encontrara em uma geleira próxima a Armindra e desde então teria deixado de ser apenas um anão aventureiro para ser um dos mais temidos anões. Saindo da taverna Maxpower ri e diz a Morran que nunca ouviu falar dele.
Ao caminhar em busca de informações sobre o pergaminho os aventureiros decidem que é melhor procurar também outros guerreiros contratados pelo rei e assim eliminar a concorrência ou juntar-se a eles para trazer esse pergaminho e negociar com o Thorp III e no caminho avistam um aglomerado de pessoas olhando para o teatro, o lugar geralmente atraía a atenção do público que por ali passava, muitas das vezes podiam-se ouvir os comentários dos expectadores sobre os atores em cena, mas o que chamou a atenção dos guerreiros é que o mais ouvido dessa vez era “Quem é ele?” ou “Não é do nosso castelo”. Então os dois tentaram ver o palco, mas em vão, quando então Morran com a “calma” de um anão exclamou:
                Morran – Saiam da frente seus humanos imprestáveis!
Logo um corredor de pessoas se abre dando acesso ao palco. Steve Maxpower olha para a criatura encurtada com certo receio nos olhos enquanto Morran coloca as mãos na cintura e afirma:
                Morran – Assim está melhor.
Os dois marcham lado a lado soberanos entre o povo percebendo o medo no olhar de cada ser ali presente. Quando chegam ao pé da escadaria olham para o palco e surpreendem-se com o motivo de tanta anarquia, no centro um bobo da corte aparece equilibrando-se com apenas uma mão ao chão. Perplexos, eles se perguntam o que atraía tanta atenção do povo em um bobo da corte no exato momento que também pelo corredor de pessoas uma voz feminina responde “Ele não é o bobo da corte do rei!”. Juntos os guerreiros viram-se e Morran dá um pulo para trás quando percebeu seus olhos na mesma direção do olhar e seu rosto a um palmo do rosto de um tigre. Steve Maxpower reparou que todas as pessoas ali presentes afastaram-se um pouco abrindo ainda mais o corredor e ouviu os burburinhos que diziam “é Skalla!”

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3 Verdades

Paraquedas disse... [responder]

PS: Imagens meramente ilustrativas, não são os personagens!

Até mais ver
Paraquedas

mr.Poneis disse... [responder]

Godamn it! Um cliffhanger!

Tendo em mente que o sujeito que critica, 99 de 100 vezes esta falando besteira...

1 - Tem alguma coisa nos nomes do cenários e dos npcs... algo do tipo "eu vou me lembrar desses nomes no decorrer da história?". Aliás o rei Thorp é baseado em alguém que eu conheço? Parece bastante familiar...

2 - Provavelmente o clima dos personagens estarem se encontrando pela primeira vez... Você vê, fica bom o fato de a Skalla e o "bobo" já se conhecerem de antes, dá espaço para spin-offs(quando você conta histórias separadas do texto principal) e flashbacks(quando esta histórias acontecerem antes da história principal)...

3 - Talvez a ação... os draguns tem uma certa fama como guerreiros poderosos mas quando o SMP chegou o Morram ja havia acabado com a luta... Isso com um martelo que ele nem sabia o que era...

Eu também mencionaria o pergaminho, mas dito que eu nunca bolei um mcguffin (artefato final) decente, vou parar por aqui...

Aguardo pelos próximos capítulos!

até mais ver
mr.poneis

ps.: a gente deveria realmente ver esse conceito de um revisar os textos do outro... (e depois colocar o Virgulino para checar o português).

Uma tag como RPG Brainstorm! (Já temos uma tag para rpg então deixa quieto...)

Paraquedas disse... [responder]

Irá se lembrar dos nomes sim, pelo menos eu acho, já que muitos sempre serão citados. Bom, sobre o rei, não me baseei em alguém, ou pelo menos acho, porque faz tempo que escrevi esse capítulo.
Ação, ação mesmo, só nos próximos capítulos, acho que no IV, mas tudo faz parte da introdução da história, os primeiros capítulos são os que darão continuidade à história para próximas edições.

Até mais ver
Paraquedas

PS: O Virgulino precisa ajudar sim.

PS2: Se não se importa, acabo utilizando histórias suas, já que a idéia principal é colocar nossos jogos de RPG (inusitados ou não) dentro dessa história com algumas adaptações.