Até mais ver: janeiro 2008

quinta-feira, janeiro 31, 2008

O Terceiro Poder Jikerudo

Post em Andamento...

Tinha uma frase muito boa a respeito do poder da negação, acho que era do João. (Caso vc esteja lendo isto poderia colocá-la aqui? → ""

Procurar a respeito dos conceitos de Criação(Deus), Negação(Diabo), Compreensão(Homem)
x = Criar, Entender, Controlar.

Negação = Destruição/Manipulação => Superação
Memória Seletiva, Restrição.
Aplicação prática: Negação como forma de aumento de poder
Ex: Nietzsche nega a existência de Deus, Isso torna-o mais forte que Deus ou algo assim

Até mais ver
mr.poneis

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Tema semanal

Meus queridos,

Seguindo a linha "não tradicional", como tema semanal eis que teremos MPP (Música Popular Portuguesa):
Sobre o compositor pouco sei, no entanto foi apresentado a mim como sendo o Chico Buarque de Portugual. Imagino que essa relação foi feita baseado no conteúdo político e ideológico de algumas de suas canções, sendo assim:

Vejam Bem
Zeca Afonso

Vejam bem
que não há só gaivotas em terra
quando um homem se põe a pensar
quando um homem se põe a pensar

Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar
dorme à noite ao relento no mar

E se houver
uma praça de gente madura
e uma estátua
e uma estátua de de febre a arder

Anda alguém
pela noite de breu à procura
e não há quem lhe queira valer
e não há quem lhe queira valer

Vejam bem
daquele homem a fraca figura
desbravando os caminhos do pão
desbravando os caminhos do pão

E se houver
uma praça de gente madura
ninguém vem levantá-lo do chão
ninguém vem levantá-lo do chão

Vejam bem
que não há só gaivotas em terra
quando um homem
quando um homem se põe a pensar

Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar
dorme à noite ao relento no mar

Boa semana a todos e até mais ver.

Palilo

PS: não sei o nome MPP existe, acabei de deduzi-lo baseado em MPB.

PPS: Pietra, cade você?

PPPS: "A felicidade não está em viver, mas em saber viver.
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade."
(Carlos Drummond de Andrade)

O Verão chega no Jardim das Melancias



E isso é o que a vida tem de melhor...
Até mais ver
Mr. Poneis

Declaração

Declaro para os devidos fins, afim de, enfim, finalizar o fato flutuante e pendente. Pendendo do alto de uma montanha de espetaculosas especulações, especialmente as vindas da escuridão de dias e noites.
Sou Virgulino. Mas não sou lampião. Mas tenho luz própria. Na escuridão da noite, sou a estrela de brilho intenso que é ofuscada por um vagalume. Ao raiar do dia, sou a claridade que faz doer os olhos, por isso sou evitado pelos mesmos. Sou a luz que ilumina suas incertezas com o brilho da perversidade. Perfil pérfido da periferia da perfeição.
Compreendo que a incompreensão comprime o coração. Contudo, desconheço os destinos a que devaneios delirosos podem levar. Defino-me como um comparsa da compaixão, com paixão pelo combate do cotidiano.
Declaro, enfim, o fim. Porém ainda não se findaram os fatos.

Até mais ver..

PS: Minha contribuição para a campanha da amiga Pietra. Aí está tudo que querías saber sobre mim.
PPS: Primeiro post 100% amparense. Estou começando a arrumar o que fazer durante as noites de insônia.

terça-feira, janeiro 22, 2008

Inutilidade



Brinquedo indiano titulado "11/09", lembra algo?


PS: isso não foi uma adesão à campanha, só uma pequena colaboração.

Até mais ver

Palilo

IX - Te Capiam, Cunicule Sceleste!

Ai vai minha contribuição pra campanha da srta. Pietra...

O Homem que Calculava

CAPÍTULO III


"Onde é narrada a singular aventura dos
35 camelos que deviam ser repartidos por
três árabes. Beremiz Samir efetua uma divisão
que parecia impossível, contentando
plenamente os três querelantes. O lucro
inesperado que obtivemos com a transação."


Poucas horas havia que viajávamos sem interrupção, quando nos ocorreu
uma aventura digna de registro, na qual meu companheiro Beremiz, com grande
talento, pôs em prática as suas habilidades de exímio algebrista.
Encontramos perto de um antigo caravançará¹ meio abandonado, três
homens que discutiam acaloradamente ao pé de um lote de camelos.
Por entre pragas e impropérios gritavam possessos, furiosos:
- Não pode ser!
- Isto é um roubo!
- Não aceito!
O inteligente Beremiz procurou informar-se do que se tratava.
- Somos irmãos – esclareceu o mais velho – e recebemos como herança
esses 35 camelos. Segundo a vontade expressa de meu pai, devo receber a
metade, o meu irmão Hamed Namir uma terça parte, e, ao Harim, o mais moço,
deve tocar apenas a nona parte. Não sabemos, porém, como dividir dessa forma
35 camelos, e, a cada partilha proposta segue-se a recusa dos outros dois, pois a
metade de 35 é 17 e meio. Como fazer a partilha se a terça e a nona parte de 35
também não são exatas?
- É muito simples – atalhou o Homem que Calculava. – Encarrego-me de
fazer com justiça essa divisão, se permitirem que eu junte aos 35 camelos da
herança este belo animal que em boa hora aqui nos trouxe!
Neste ponto, procurei intervir na questão:
- Não posso consentir em semelhante loucura! Como poderíamos concluir
a viajem se ficássemos sem o camelo?
- Não te preocupes com o resultado, ó Bagdali! – replicou-me em voz
baixa Beremiz – Sei muito bem o que estou fazendo. Cede-me o teu camelo e
verás no fim a que conclusão quero chegar.
Tal foi o tom de segurança com que ele falou, que não tive dúvida em
entregar-lhe o meu belo jamal², que imediatamente foi reunido aos 35 ali
presentes, para serem repartidos pelos três herdeiros.
- Vou, meus amigos – disse ele, dirigindo-se aos três irmãos -, fazer a
divisão justa e exata dos camelos que são agora, como vêem em número de 36.
E, voltando-se para o mais velho dos irmãos, assim falou:
- Deverias receber meu amigo, a metade de 35, isto é, 17 e meio.
Receberás a metade de 36, portanto, 18. Nada tens a reclamar, pois é claro que
saíste lucrando com esta divisão.
E, dirigindo-se ao segundo herdeiro, continuou:
- E tu, Hamed Namir, deverias receber um terço de 35, isto é 11 e pouco.
Vais receber um terço de 36, isto é 12. Não poderás protestar, pois tu também
saíste com visível lucro na transação.
E disse por fim ao mais moço:
E tu jovem Harim Namir, segundo a vontade de teu pai, deverias receber
uma nona parte de 35, isto é 3 e tanto. Vais receber uma nona parte de 36, isto é,
O teu lucro foi igualmente notável. Só tens a agradecer-me pelo resultado!
E concluiu com a maior segurança e serenidade:
- Pela vantajosa divisão feita entre os irmãos Namir – partilha em que
todos três saíram lucrando – couberam 18 camelos ao primeiro, 12 ao segundo e
4 ao terceiro, o que dá um resultado (18+12+4) de 34 camelos. Dos 36 camelos,
sobram, portanto, dois.
Um pertence como sabem ao bagdáli, meu amigo e companheiro, outro
toca por direito a mim, por ter resolvido a contento de todos o complicado
problema da herança!
- Sois inteligente, ó Estrangeiro! – exclamou o mais velho dos três irmãos.
– Aceitamos a vossa partilha na certeza de que foi feita com justiça e equidade!
E o astucioso Beremiz – o Homem que Calculava – tomou logo posse de
um dos mais belos “jamales” do grupo e disse-me, entregando-me pela rédea o
animal que me pertencia:
- Poderás agora, meu amigo, continuar a viajem no teu camelo manso e
seguro! Tenho outro, especialmente para mim!
E continuamos nossa jornada para Bagdá.
_____________________________________________________________________
1 Refúgio construído pelo governo ou por pessoas piedosas à beira do caminho, para servir de abrigo aos peregrinos. Espécie de
rancho de grandes dimensões em que se acolhiam as caravanas.
2 Uma das muitas denominações que os árabes dão ao camelo.

Até mais ver
Mr. Poneis'

Ps.: あ! (Download do Livro Via PDL)

Ps².: Adicionei um Link pro Portal Democratização da Leitura, a quem interessar possa

domingo, janeiro 20, 2008

Cânone do fim dos Sonhos — Tema da Semana


Até mais ver
mr. poneis

Ps.: Recomendado para a sua pesquisa sr. Palilo

Ps².: Essa segunda versão de Kanon foi produzida pela Kyoto Animation, mesmo estúdio de Suzumiya Haruhi no Yuutsu.

Ps³.: Mais da Música: Pachelbel´s Canon in D (em inglês)
_____Mais do Autor: Johann Pachelbel (em inglês)
_____Mais Kanon: Kurogane´s Anime Blog (em inglês)

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Quem não tem Enduro se contenta com Prutloop

Meus queridos,

Idéia demasiadamente idiota e besta, vamos cair na lama?

"Corrida na Lama terá participantes de todo o estado de São Paulo no dia 10 de fevereiro

Uma competição diferente, porém muito disputada, engraçada e, literalmente, suja. Assim é a Corrida na Lama, que terá sua sexta edição realizada no próximo dia 10 de fevereiro em Holambra.
Promovida pela Prefeitura Municipal, a competição será realizada no Centro Esportivo Tubântia, a partir das 09 horas, e contará com a participação de aproximadamente 700 atletas de diversas cidades do estado de São Paulo.

Uma adaptação brasileira de uma competição bastante comum na Holanda, a Prutloop, a Corrida na Lama é uma da mais novas modalidades de esportes radicais e chama atenção por suas características nada comuns.

Durante o percurso, que pode variar de 1 a 10 km - conforme a categoria disputada -, o participante terá o desafio de superar obstáculos naturais e preparados especialmente para a ocasião, além, é claro, de muita lama, que inevitavelmente no final da prova tomará conta de todo o corpo de cada competidor.

Aberta a homens e mulheres, a prova será dividida em várias categorias, com participantes a partir dos sete anos idade. Ao longo do percurso a ser percorrido, que será todo sinalizado, a organização da prova instalará pontos de controle, que serão responsáveis pelo monitoramento do trajeto a ser cumprido vencedores.

Cada participante da competição ganhará uma camiseta alusiva ao evento e os três primeiros colocados de cada categoria serão premiados com troféus e medalhas."

Extremamente besta né, então vamos equipe pitagórica e colaboradores?
Vamos passar vergonha e dar risada?

Até mais ver
Palilo

http://www.holambra.sp.gov.br/
http://www.ativo.com/eventos_detalhes.php?id_evento=45802&id_esporte=

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Dee...

Manifesto Em Defesa Da Loucura:
“A loucura tem razões que a sensatez desconhece.”
Igor Telorius, clérigo de Tanna-toh.



O que há talvez de mais fascinante na loucura é justamente o fato dela desafiar qualquer entendimento. Eu digo que é totalmente impossível àqueles que são normais entender o que se passa na cabeça de um louco. Por isso mesmo toda narrativa sobre a loucura não passa de suposição e falsidade. Não me levem, pois, a sério. Só seria verossímil se um louco resolvesse explicar sua condição. Ainda que ele seja um exímio escritor, conseguiria ele explicar-se usando as palavras e língua racional? Creio que não. Não seríamos capazes de compreender sua explicação tampouco. Pelo menos não em sua plenitude.
Mas como determinar quando o sujeito deixa a razão e chega ao status da loucura? Onde fica a linha divisória entre as duas condições? O que faz uma pessoa ser louca e outra “normal”? O que é ser normal? Sim, meus amigos, a loucura vive em todos nós. Quem nunca agiu impensadamente e depois se arrependeu? Quem nunca agiu impensadamente e teve um dos melhores dias de sua vida? Quem nunca se entregou e se deixou levar pela música que ás vezes a vida sopra em nossos ouvidos?

“Corra em direção à parede e abra caminho. Oh, como cantam no andar de cima! Há um andar em cima nesta casa, com outras pessoas. Há um andar em cima onde moram pessoas que não percebem seu andar de baixo, e estamos todos dentro do tijolo de cristal. Quando abrir a porta e assomar à escada, saberei que lá embaixo começa a rua; não a norma já aceita. A rua, a floresta viva onde cada instante pode jogar-se em cima de mim como uma magnólia. Rostos vão nascer quando eu os olhar e quando avançar mais um pouco. Quando me arrebentar todo com os cotovelos e as pestanas e as unhas contra a pasta do tijolo de cristal, e arriscar a minha vida passo a passo para caminhar à fonte apanhar água.”
Tzen Farman, clérigo de Nimb

“Cada objeto contém em si a ordem e a desordem, o potencial de desordem. Todas as coisas podem vir um dia a se desordenar e se desintegrar, quando isso ocorre, elas se deixam levar pela desordem. A loucura é uma música que se toca em todas as coisas. E desde pequenos aprendemos a não ouvir essa música. Tapamos nossos ouvidos. Sequer olhamos para as coisas! Uma vez que determinamos em nossas cabeças que isto em nossa frente é uma cadeira, deixamos de olhá-la. Os nomes se dão ás coisas para que deixemos de conhecê-las.
E custa resistir ao chamado do mundo à desordem. É preciso que sejamos mecânicos. Em cada movimento há uma possibilidade de transformação, em tudo que nos cerca. A cada ato, mesmo o mais delicado, devemos resistir de todas as forças, para que ele se cumpra com a fria eficácia de um reflexo cotidiano. Até logo, querida. Passe bem. É a doutrina do hábito.
O mundo parece gritar aos meus ouvidos: “Desvenda-me!” Aos seus também as coisas gritam o mesmo. É que não ouvem. A colher com que se alimentam lateja em seus dedos, adverte sua mente. Como custa negar ao pedido da colherinha, negar uma porta, negar tudo que o hábito lambe até dar-lhe uma suavidade satisfatória. É muito mais simples aceitar a solicitação do hábito, com a colher mexer sua bebida.
Romper caminho é castigar os olhos olhando para isso que no céu anda, que aceita astuciosamente o nome de nuvem, o nome catalogado na memória. Não é apenas fitando as coisas que elas se revelarão. Por que haveriam de fazê-lo? Vocês conseguirão somente aquilo que já tem de preparado e resolvido, o triste reflexo de sua esperança. Tamanha é sua vontade de resistir. Sua mente trava uma luta eterna contra a loucura. Recusa-se a ouvir.
Tenho pena de vocês. Não ouvem a música que toca no mundo. Não conhecem verdadeiramente o mundo e suas belezas. Por isso que se sentem incompletos. Por isso buscam febrilmente formas de possuir a tudo. A ânsia de tudo possuir nasce da ânsia de tudo entender. O desejo de tudo entender é o desejo de a tudo DOMINAR! Sim, classificar esse novo objeto, para que ele ganhe um nome e não mais desafie sua mente tentando entendê-lo. E assim dominá-lo e vencer mais uma vez a loucura que o possui quando vê o desconhecido. O desconhecido fascina e horroriza a muitos por conter uma música nova, que seus ouvidos não aprenderam a ignorar. Os demônios da Tormenta são o desconhecido. Eles são temidos por que desafiam a razão de vocês, pobres ingênuos.
Tolos são aqueles que buscam febrilmente o conhecimento, como se isso aplacasse seu vazio. Tolos são aqueles que lutam como forma de tudo ter. Destruir a tudo é também uma forma de tudo dominar. A ambição nada mais é que a ânsia por respostas. O que vocês buscam, inconscientemente, são respostas do mundo, é ouvir finalmente. Mas vocês não sabem disso. Enganam-se adquirindo bens e mais bens. Enganam-se adquirindo mais e mais conhecimentos. Enganam-se enfrentando a tudo para se provarem mais fortes. Ter as coisas é ouvi-las cantar sua música mais verdadeira. Quando destamparem seus ouvidos e escutarem a música que o mundo toca deixarão de desejar, terão compreendido. Saberão que sou eu, o louco, quem está com a razão.”

Klee, clérigo de Nimb

...
Até mais ver
mr. poneis

Ps.: Cortesia: Lista Tormenta

domingo, janeiro 13, 2008

Tema semanal

Esta semana trago o experimentalismo de Arrigo Barnabé, com sua música que não é feita com a preocupação de agradar, mas sim de inventar e surpreender. A letra dessa música não é lá grande coisa, convenhamos. Mas agrada-me profundamente a sonoridade rebuscada da mesma. Com vocês...

Num Antro Sujo - Arrigo Barnabé
Só você não viu
Mas ela entrou, entrou com tudo
Naquele antro, naquele antro sujo
Você nunca imaginou, mas eu vi
No luminoso estava escrito
"diversões eletrônicas"
Era um balcão de bar de fórmica vermelha
E você ali, naquele balcão
- de quê?
De fórmica vermelha
Chorando, embriagado, pedia:
"garçom, mais um
Gin tônica"
Mas ele te avisou:
"você já bebeu muito, já bebeu demais"
Vai pra casa, moleque
E você foi, cambaleando
Até... até o telefone
Telefone público...pi pi pi pi pi pi pi
E discou, discou, discou
Novamente o mesmo número... número
No fliperama, ela entregava toda sua grana
- pra quem?
Prum boy, prum boyzinho sacana
Ex-motorista de autorama
Agora viciado nessas máquinas de corrida... viciado
Que tinha ganho fama pela sua perícia
Como volante
E pelo tratamento violento que dispensava
A suas amantes
Depois, quando clareou
E eles foram pro hotel
Ela viu um bêbado jogado no chão
E sorriu perversa


Até mais ver..

PS: Desculpem-me pela ausência no blog. Prometo tentar ser mais produtivo nos próximos dias.
PPS: Dedico essa canção a minha amiga Pietra Sugiyama.
PPPS: Brincadeirinha, Pietra. Eu não vi você entrando em nenhum "antro sujo"...

Quem você acha que eu sou?? Kiick! — Jeeha Kamina

"" → nota: postar um pensamento muito bom aqui...
12/02 edit: "Quem semeia o milho, semeia a Religião. Não trabalhar é Pecado - Zarathustra"



Células cinzentas, Células Cinzentas...

Acabei de ver "Quando Nietzsche Chorou" versão filme... (nota: fazer um post só sobre isso mais tarde)

Certa vez aqui no Blog eu postei a seguinte frase: "Contra Nietzsche eu sou impotente, não há nada mais que eu possa dizer" (na pequena caixinha de mensagens que durou pouco tempo aqui, obrigado pra quem a apagou). então eis que me vi vítima de um interessante paradoxo "ler nietzsche e não ter nada a dizer com certeza é como ir a uma sorveteria com calor e com dinheiro e pedir água." ou algo desse tipo.

Não chega nem a ser contraditório, mas sim, mal-educado. (Realmente é uma péssima sensação quando você fala para ser ignorado)

De fato eu nunca li nenhuma de suas obras, o material que dispunha no momento é a visão que o renomado novelista Irwin D Yalom (D?) tem dele. Mas acho que seja suficiente pra analisar uma de suas célebres frases:

"Nós criamos Deus, e nós mesmos o matamos"

Isso se dá devido ao ajuntamento de idéias simples

Em suas várias biografias (eu só tenho aquela do final do livro do Yalom), é citado que o pai do jovem Nietzsche fora pastor e que ele passava mais tempo com uma biblia do que com outras crianças de sua idade, fazendo disto um refúgio pra não ter que passar as tardes com sua mãe irmã e as amigas destas)

idéia n° 1 "Nietzsche e Deus já foram os melhores amigos"

Depois que cresceu um pouco e provavelmente terminou de ler a Bíblia. Nietzsche passou de interlocutor para questionador. Ouvira tudo o que Deus tinha a dizer, mas queria ser ouvido também, queria discutir o interessant6e conteúdo ao qual fora apresentado. Mas eis que dai foi imediatamente apresentado a uma nova realidade: Não havia ninguém ali para ouvi-lo, não havia ninguém para ser questionado. Deus tinha desaparecido e também não havia ninguém com Nietzsche pudesse falar a respeito. (O Pai de Nietzsche já falecera nesta época, ele não cultivou amigos durante a sua infância, e as pessoas mais próximas eram sua mãe e irmã)

idéia n° 2 "Definitivamente Nietzsche não brandiu uma faca pra Deus e o matou*, Deus morreu pelo intermédio de um simples questionamento"
(* Isso é um conceito que eu tive da cena do assassinato. No livro o Nietzsche-personagem abordava isso com tanto fervor que realmente parecia um ato de barbárie. Pura e simples)

Nietzsche estava sozinho, o que Deus havia feito com ele era muito covarde, até mesmo mais cruel do que o que ele havia feito com os outros profetas listados nas suas palavras. Nietzsche estava decidido que não ia deixar isso barato. Por que todos o abandonavam? "Se era pra Deus estar morto, então que seja, eu o matei". Tão logo começou a lecionar, começou a divulgar sua idéia pra quem quisesse ouvir. Talvez não fosse desse jeito se eu tivesse mais amigos mais amigos no passado. A culpa não é só minha

idéia n°3 "Eu não matei Deus sozinho, Vocês também tiveram parte nisso. Nós o Matamos"

Nietzsche tinha se tornado (naquele momento, só pra ele) alguém que tinha superado Deus. Matou as sombras da caverna*(Mito da caverna de Platão) e tirou de lá tantos quanto podia, gente que não era suficiente pra carregá-lo nos ombros como o herói que merecia ser. NA ÉPOCA EM QUE VIVIA TAMBÉM NÃO CHEGOU A SER PERSEGUIDO PELAS SUAS IDÉIAS, O QUE NÃO FAZIA DELE UM MÁRTIR DE SUA CAUSA. Não estava satisfeito com os resultados.
Notou algo de interessante na ocasião. Deus estava morto, ele sabia. Mas parece que ninguém mais sabia disso, ou pelo menos não ligava. Ele os estava alardeando mas eles ainda viviam como se Deus ainda estivesse com eles. Mas ele não via Deus. Apenas ele estraria só?

idéia n°4 "Nietzsche estava contrafeito. Deus estava morto aos seus olhos e também aos olhos daqueles ao seu redor. Mas estava vivo de alguma forma. Será que apenas foi para outro lugar? Se o fez então ainda lhe devia uma resposta!"

Nietszche até onde se entende nunca viu Deus como alguém superior, mas sim um igual, e por si só um rival. Quando este inimigo desapareceu, só restou a vazio e o desespero. Aí Nietzsche descobre que não havia surgido um novo inimigo, porque o seu oponente não estava definitivamente morto. Isso de certa forma era algo muito feliz para ele. Agora seu adversário havia se tornado imune aos seus ataques. De certa forma atingira a imortalidade. Como faria para alcança-lo?

idéia n°5 "Imortalidade = Plantar uma árvore + Ter um Filho + Escrever um Livro. Opção 1, muito surreal. Opção 2, muito fora de mão. Opção 3, estava ai a sua resposta.

Nietzsche se encontrava em um plano onde não podia atingir Deus, isso era um confronto pra ir além dos tempos. Deus tinha alcançado sua imortalidade através de sua palavra. Então alcançarei a minha imortalidade através da minha. Nietzsche começou a escrever. A Imortalidade realmente era algo difícil de se obter. Um confronto muito demorado, consigo mesmo. Viu muitas coisas, inclusive coisas que não queria ver. Mas faria todo o possível pra vencer. Matara Deus e estava se sentindo muito culpado por isso. Ai vieram as dores de cabeça. Muitas vezes se contradisse e buscou o autoconsolo pra superar aqueles desafios. Viu que não conseguiria sozinho...

idéia n°6 "Deus tinha Jesus pra divulgar sua palavra, não só Jesus mas muitos profetas, então também terei um profeta que divulgue minha palavra." Assim surgiu Zaratustra.

♪ (som de assovio), quanta besteira junta... não eram as minhas melhores células cinzentas, mas sr. Palilo espero que ache esta resposta (pela qual tanto cansou de esperar) satisfatória. As musas acredito, não planejam me visitar tão cedo.

Até mais ver
mr.poneis

Ps.: Um bando de idéias desajustadas isso sim, o texto está postado no mais cru de sua forma, necessito de revisão. Grato.

Ps².: Nietzsche nasceu em 15 de Outubro de 1844. Diz muita coisa sobre ele, não é mesmo?

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Tema da Semana passada... (30/12/07)


Download - Youtube

Leave it to the Wind — Misawa Akemi

Kaze ga touge wo orite kita
O vento desceu do pico da montanha
Tamoto yurashite sugitetta
Levantou as saias, e foi embora
Onna hitori no tabiyuku wake wo
Vocês perguntam, os motivos da mulher que viaja sozinha?
Uwasa Shiteruka, Yanchana Suzume
Cuidem da própria vida, Pardais Mexeriqueiros.

Nanoru Namae wa arudake jama yo
Nomes demais, Apenas Atrapalham.

Aru wa Kimama to
O que eu possuo é uma mente Livre
Aru wa Kimamaa to
O que eu possuo é uma mente Tranqüila
Tomo no, Osake.
E o meu melhor amigo, Saquê~~~

Basara
mr. Poneis

Ps.: Só pra constar, esta é a letra da versão para tv... Procurando pela versão completa (incluindo os kanji)

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Doh²! — Posso fazer essa jogada de novo?

"O Xadrez, como todas as demais coisas, pode ser aprendido até um determinado ponto e não além. O demais depende da natureza de cada um. (GM J. R.Capablanca)"

Xadrez é mesmo um jogo fascinante não? Não pro meu Qi...

~~~

Há muito tempo atrás viveu na Índia um rei chamado Iadava, senhor da província da Tiligana. Foi um dos soberanos mais ricos e generosos de seu tempo.

Houve uma guerra contra o aventureiro Varangul, que se dizia príncipe de Caliã. Apesar da vitória, muitos jovens pagaram com a vida a segurança de um trono para prestígio de uma dinastia. E entre os mortos estava o príncipe Adjamir, filho do rei Iadava.

Terminada a guerra, o rei se recolheu a seus aposentos e só aparecia para atender aos ministros e sábios. Com o andar dos dias, mais se agravaram a angústia e a tristeza que oprimiam o coração do rei. De que poderiam servir os ricos palácios, os elefantes de guerra, os tesouros imensos, se já não mais vivia a seu lado aquele que fora sempre a razão de sua existência?

Um dia o rei foi informado de que um moço pobre e modesto solicitava uma audiência que vinha pleiteando havia algum tempo. Como estivesse, no momento, com boa disposição de ânimo, mandou o rei que trouxessem o desconhecido à sua presença.

__ Quem és, de onde vens e o que desejas? - interpelou o rei.

__ Meu nome é Lahur Sessa. Criei um jogo que pudesse distraí-lo e abrir em seu coração as portas de novas alegrias. É esse o presente que desejo oferecer ao nosso rei.

O que Sessa trazia ao rei consistia num tabuleiro quadrado, dividido em sessenta e quatro quadradinhos iguais; e sobre este colocavam-se duas coleções de peças que se distinguiam pelas cores branca e preta, repetindo simetricamente os engenhosos formatos e subordinados a curiosas regras que lhes permitiam movimentar-se por vários modos.

Cada um dos partidos dispõe de oito peças pequenas (peões) que representam a infantaria, que ameaça avançar sobre o inimigo para desbaratá-lo. Secundando a ação dos peões vêm as torres, representando peças maiores e mais poderosas. A cavalaria, indispensável no combate, aparece simbolizada por duas peças que podem saltar, como dois corcéis, sobre as outras. E para intensificar o ataque, incluem os bispos do rei, para representar os guerreiros cheios de nobreza e prestígio. Outra peça mais poderosa do que as demais, representará o espírito de nacionalidade do povo e será chamada rainha. Completa a coleção uma peça que isolada pouco vale, mas se torna forte quando amparada pelas outras. É o rei.

O rei interessado pelas regras do jogo, não se cansava de interrogar o inventor:

__ E por que é a rainha mais forte e mais poderosa que o rei?

__ É mais poderosa porque a rainha representa o patriotismo do povo. A maior força do trono reside na exaltação de seus súditos. Como poderia o rei residir ao ataque dos adversários, se não contasse com o espírito de abnegação e sacrifício daqueles que o cercam e zelam pela integridade da pátria?

Dentro de poucas horas o monarca já conseguia derrotar os seus dignos vizires. Em dado momento, o rei fez notar, com grande surpresa, que a posição das peças, pelas combinações resultantes dos diversos lances, parecia reproduzir exatamente a batalha.

__ Reparai - ponderou Sessa - que para conseguires a vitória, indispensável se torna, de vossa parte, o sacrifício desse bispo!

Assim ele demonstrava que o sacrifício de um príncipe é, por vezes, imposto como uma fatalidade, para que dele resultem a paz e a liberdade de um povo.

Ao ouvir tais palavras, o rei falou:

__ Não creio que o engenho humano possa produzir maravilha comparável a este jogo interessante e instrutivo! Movendo essas peças tão simples, aprendi que um rei nada vale sem o auxílio e a dedicação constante de seus súditos. E que às vezes o sacrifício de um peão vale mais, para a vitória, do que a perda de uma poderosa peça.

E dirigindo-se ao jovem disse-lhe:

­__ Quero recompensar-te, meu amigo, por este maravilhoso presente. Dize-me o que desejas para que eu possa demonstrar o quanto sou grato àqueles que se mostram dignos de recompensa.

Estas palavras deixaram Sessa imperturbável . Sua fisionomia serena não traía a menor agitação, a mais insignificante mostra de alegria ou surpresa. Os vizires olhavam-no atônitos, e entreolhavam-se pasmados diante da apatia de uma cobiça a que se dava o direito da mais livre expansão.

__ Rei poderoso! Não desejo outra recompensa além da satisfação de ter proporcionado ao senhor de Taligana um passatempo agradável, que lhe vem aligeirar as horas dantes alongadas por acabrunhante melancolia. Já estou sobejamente aquinhoado e outra qualquer paga seria excessiva.

Sorriu desdenhosamente o bom soberano ao ouvir aquela resposta, que refletia um desinteresse tão raro entre os ambiciosos hindus. E, não crendo na sinceridade das palavras de Sessa, insistiu:

__ Causa-me assombro tanto desdém e desamor aos bens materiais, ó jovem! Para que o homem possa vencer os múltiplos obstáculos que se lhe deparam na vida, precisa ter o espírito preso às raízes de uma ambição que o impulsione a um ideal qualquer. Exijo portanto que escolhas, sem mais demora, uma recompensa digna de tua valiosa oferta. Queres uma bolsa cheia de ouro? Uma arca cheia de jóias? Um palácio? Uma província? Aguardo tua resposta.

__ Recusar o vosso oferecimento depois de vossas palavras seria menos descortesia do que desobediência ao rei. Vou aceitar uma recompensa que corresponde à vossa generosidade. Não desejo, contudo, nem ouro, nem terras ou palácios. Peço o meu pagamento em grãos de trigo.

__ Grãos de trigo??? - estranhou o rei. Como poderei lhe pagar com tão insignificante moeda?

Nada mais simples. Dar-me-eis um grão de trigo pela primeira casa do tabuleiro; dois pela segunda, quatro pela terceira, oito pela quarta e assim dobrando sucessivamente, até a sexagésima quarta e última casa do tabuleiro. Peço-vos, ó rei, de acordo com a vossa magnânima oferta, que autorizeis o pagamento em grãos de trigo, e assim como indiquei.

Não só o rei como os vizires e venerandos brâmanes presentes riram-se, estrepitosamente, ao ouvir a estranha solicitação do jovem. Este, que poderia obter do rei um palácio uma província, contentava-se com grãos de trigo!

­__ Insensato! - clamou o rei - Onde foste aprender tão grande desamor à fortuna? A recompensa que me pedes é ridícula. Bem sabes que há, num punhado de trigo, número incontável de grãos. Devemos compreender, portanto, que com duas ou três medidas de trigo eu te pagarei folgadamente, consoante o teu pedido, pelas 64 casas do tabuleiro. É certo que pretendes uma recompensa que mal chegará para distrair a fome durante alguns dias. Enfim, visto que minha palavra foi dada, vou expedir ordens para que o pagamento se faça imediatamente, conforme teu desejo.

Mandou chamar os algebristas mais hábeis da corte e ordenou-lhes que calculassem a porção de trigo que Sessa pretendia. Os sábios calculistas, ao cabo de algumas horas de acurados estudos, voltaram ao salão para submeter ao rei o resultado completo de seus cálculos.

__ Rei magnânimo! - declarou o mais sábio dos matemáticos. Calculamos o número de grãos de trigo que constituirá o pagamento pedido por Sessa, e obtivemos um número cuja grandeza é inconcebível para a imaginação humana:

18 446 744 073 709 551 615

Avaliamos a porção de trigo que deve ser dada a Lahur Sessa. Eqüivale a uma montanha que seria cem vezes mais alta que o Himalaia! A Índia inteira, semeados todos os seus campos, taladas todas as suas cidades, não produziria em 2000 séculos a quantidade de trigo que, pela vosso promessa, cabe, em pleno direito, ao jovem Sessa!

O soberano via-se pela primeira vez diante da impossibilidade de cumprir a palavra dada.

Sessa, como bom súdito, declarou que abriria mão do pedido que fizera e disse:

__ Meditai, ó rei, sobre a grande verdade que os brâmanes prudentes tantas vezes repetem: os homens mais avisados iludem-se, não só diante da aparência enganadora dos números, mas também com a falsa modéstia dos ambiciosos. Infeliz daquele que toma sobre os ombros o compromisso de uma dívida cuja grandeza não pode avaliar com a tábua de cálculo de sua própria argúcia. Mais avisado é o que muito pondera e pouco promete!

Menos aprendemos com a ciência vã dos brâmanes do que com a experiência direta da vida e das suas lições de todo dia, a toda hora desenhadas. O homem que mais vive mais sujeito está às inquietações morais, mesmo que não as queira. Achar-se-á ora triste, ora alegre; hoje fervoroso, amanhã, tíbio; já ativo, já preguiçoso; a compostura alternará com a leviandade. Só o verdadeiro sábio, instruído nas regras espirituais, se eleva dessas vicissitudes, paira por sobre todas essas alternativas.

Feito o cálculo aproximado para o volume astronômico dessa massa de trigo, afirmam os calculistas que a Terra inteira, sendo semeada de norte a sul, com uma colheita, por ano, só poderia produzir a quantidade de trigo que exprimia a dívida do rei no fim de 450 séculos!

Essa quantidade poderia encher um cubo que tivesse 9400 metros de aresta.

Se fôssemos, por simples passatempo, contar os grãos de trigo à razão de 5 por segundo, trabalhando noite e dia sem parar, gastaríamos 1170 milhões de séculos!

Xadrez na Wikipedia

Até mais ver
Aquele que nunca ganhou uma partida de Xadrez no 3EMB a.k.a. mr.pponeis

Ps.: Fonte UFRJ
Ps².: Pra quem se interessou pela imagem, parece que é uma edição limitada. Mais aqui
Ps³.: Este aqui parece dispor de maior disponibilidade. E tem uma lata também! Mais aqui

Dicas de Redação

1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc.

2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico.

3. Anule aliterações altamente abusivas.

4. não esqueça as maiúsculas no início das frases.

5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.

6. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário.

7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.

8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou??… então valeu!

9. Palavras de baixo calão, carac@, podem transformar o seu texto numa m&rd@.

10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações.

11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.

12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: “Quem cita os outros não tem idéias próprias”.

13. Frases incompletas podem cansar

14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma idéia várias vezes.

15. Seja mais ou menos específico.

16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!

17. A voz passiva deve ser evitada.

18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula pois a frase poderá ficar sem sentido especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação ?

19. Quem precisa de perguntas retóricas?

20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.

21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.

22. Evite mesóclises. Repita comigo: “mesóclises: evitá-las-ei! ”

23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.

24. Não abuse das exclamações! Nunca!!! O seu texto fica horrível!!!!!

25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão da idéia nelas contida e, por conterem mais que uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diversos componentes de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.

26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa portuguêza.

27. Seja incisivo e coerente, ou não.

28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre e estar causando ambigüidade, com certeza você vai estar deixando o conteúdo esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo. E como você vai estar lendo este texto, tenho certeza que você vai estar prestando atenção e vai estar repassando aos seus amigos, que vão estar entendendo e vão estar pensando em não estar falando desta maneira irritante.

29. Outra barbaridade que tu deves evitar chê, é usar muitas expressões uai, que acabem por denunciar a região onde tu moras, carajo!… nada de mandar esse trem… vixi… entendeu bichinho?

30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá agüentar já que é insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar.

Cortesia: Perguntas Cretinas.com

Até mais ver
mr.pponeis


200!


O Homem de 100 Vozes


O Homem de Outras 100 Vozes

Do Site: Saber é bom demais

domingo, janeiro 06, 2008

Tema semanal

Caros amigos,


Como primeiro tema deste ano teremos o grande maestro Tom Jobim com sua obra "Passarim".
Sobre o compositor creio que não tenha de fazer mais delongas, sobre o porque desta escolha também não sei dizer-lhes, sendo assim apreciemos.

Passarim
Tom Jobim
Composição: Antonio Carlos Jobim

Passarim quis pousar, não deu, voou
Porque o tiro feriu mas não matou
Passarinho me conta então me diz
Porque que eu também não fui feliz
Me diz o que eu faço da paixão
Que me devora o coração
Que me devora o coração
Que me maltrata o coração
Que me maltrata o coração

E o mato que é bom, o fogo queimou
Cadê o fogo, a água apagou
E cadê a água, o boi bebeu
Cadê o amor, o gato comeu
E a cinza se espalhou
E a chuva carregou
Cadê meu amor que o vento levou
(Passarim quis pousar, não deu, voou)

Passarim quis pousar, não deu, voou
Porque o tiro feriu mas não matou
Passarinho me conta então me diz
Por que que eu também não fui feliz
Cadê meu amor minha canção
Que me alegrava o coração
Que me alegrava o coração
Que iluminava o coração
Que iluminava a escuridão

Cadê meu caminho a água levou
Cadê meu rastro, a chuva apagou
E a minha casa, o rio carregou
E o meu amor me abandonou
Voou, voou, voou
Voou, voou, voou
E passou o tempo e o vento levou

Passarim quis pousar, não deu, voou
Porque o tiro feriu mas não matou
Passarinho me conta então, me diz
Por que que eu também não fui feliz
Cadê meu amor minha canção
Que me alegrava o coração
Que me alegrava o coração
Que iluminava o coração
Que iluminava a escuridão
E a luz da manhã, o dia queimou
Cadê o dia, envelheceu
E a tarde caiu e o sol morreu
E de repente escureceu
E a lua então brilhou
Depois sumiu no breu
E ficou tão frio que amanheceu
(Passarim quis pousar, não deu, voou)
Passarim quis pousar não deu
Voou, voou, voou, voou, voou

Boa semana a todos e até mais ver

Palilo

PS: Use sempre filtro solar e vida longa ao blues.

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Dica Cultural

Prezados,

Eis que aqui fica uma dica cultural do Palilo:

http://www.radio.usp.br/index.php

Créditos extras aos programas: Radio Matraca; Biblioteca Sonora; Madrugada Usp; Clube do Jazz; Alquimia; e Blues Power.

Lembrando também das rádios já "de casa":
www.antena1.com.br
www.novabrasilfm.com.br
http://www.tvcultura.com.br/radiofm/

COndecorações a todos e até mais ver

Palilo

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Provérbios do Inferno

Uma coisinha para começar o Ano...


No tempo de semeadura, aprende; na colheita, ensina; no inverno, desfruta.

Conduz teu carro e teu arado sobre a ossada dos mortos.

O caminho do excesso leva ao palácio da sabedoria.

A prudência é uma rica, feia e velha donzela cortejada pela Impotência.

Aquele que deseja e não age engendra a peste.

O verme perdoa o arado que o corta.

Imerge no rio aquele que ama a água.

O tolo não vê a mesma árvore que o sábio vê.

Aquele cuja face não fulgura jamais será uma estrela.

A Eternidade anda enamorada dos frutos do tempo.

À laboriosa abelha não sobra tempo para tristezas.

As horas de insensatez são medidas pelo relógio, as de sabedoria, porém, não há relógio que as meça.

Todo alimento sadio se colhe sem rede e sem laço.

Toma número, peso & medida em ano de míngua.

Ave alguma se eleva a grande altura, se se eleva com suas próprias asas.

Um cadáver não revida agravos.

O ato mais alto é priorizar o outro.

Se o tolo persistisse em sua tolice, sábio se tornaria.

A tolice é o manto da malandrice.

Prisões se constroem com pedras da Lei; Bordéis, com tijolos da Religião.

A vanglória do pavão é a glória de Deus.

O cabritismo do bode é a bondade de Deus.

A fúria do leão é a sabedoria de Deus.

A nudez da mulher é a obra de Deus.

Excesso de pranto ri. Excesso de riso chora.

O Rugir de leões, o uivar dos lobos, o furor do mar em procela e a espada destruidora são fragmentos de eternidade, demasiado grandes para o olho humano.

A raposa culpa o ardil, não a si mesma.

Júbilo fecunda. Tristeza engendra.

Vista o homem a pele do leão, a mulher, o velo da ovelha.

O pássaro um ninho, a aranha uma teia, homem amizade.

O tolo, egoísta e risonho, & tolo, sisudo e tristonho, serão ambos
julgados sábios, para que sejam exemplo.

O que agora se prova outrora foi imaginário.

O rato, o camundongo, a raposa e o coelho espreitam as raízes: o leão, o tigre, o cavalo e o elefante espreitam os frutos.

A cisterna contém: a fonte transborda.

Uma só idéia impregna a imensidão.

Dize sempre o que pensas e o vil te evitará.

Tudo em que se pode crer é imagem da verdade.

Jamais uma águia perdeu tanto tempo como quando se dispôs a aprender com a gralha.

A raposa provê a si mesma, mas Deus provê ao leão.

De manhã, pensa. Ao meio dia, age. Ao entardecer, come. De noite, dorme.

Quem consentiu que dele te aproveitasses, este te conhece.

Assim como o arado segue as palavras, Deus recompensa as preces.

Os tigres da ira são mais sábios que os cavalos da instrução.

Da água estagnada espera veneno.

Jamais saberás o que é suficiente, se não souberes o que é mais
suficiente.

Ouve a crítica do tolo! é um direito régio!

Os olhos de fogo, as narinas de ar, a boca de água, a barba de terra.
O fraco em coragem é forte em astúcia.

A macieira jamais pergunta à faia como crescer; nem o leão ao cavalo como apanhar sua presa.

Quem reconhecido recebe, abundante colheita obtém.

Se outros não fossem tolos, seríamos nós.

A alma imersa em deleite jamais será maculada.

Quando vês uma guia, vês uma parcela do Gênio; ergue a cabeça!

Assim como a lagarta escolhe as mais belas folhas para pôr seus ovos, o sacerdote lança suas maldições sobre as alegrias mais belas.

Criar uma pequena flor é labor de séculos.

Maldição tensiona: Bênção relaxa.

O melhor vinho é o mais velho, a melhor água, a mais nova.

Orações não aram! Louvores não colhem!

Alegrias não riem! Tristezas não choram!

A cabeça, sublime; o coração, Paixão; os genitais, Beleza; mãos e pés, Proporção.

Como o ar para o pássaro, ou o mar para o peixe, assim o desprezo para o desprezível.

O corvo queria tudo negro; a coruja, tudo branco.

Exuberância é Beleza.

Se seguisse os conselhos da raposa, o leão seria astuto.

O Progresso constrói caminhos retos; mas caminhos tortuosos sem Progresso são caminhos de Gênio.

Melhor matar um bebê em seu berço que acalentar desejos realizáveis.

Onde ausente o homem, estéril a natureza.

A verdade jamais será dita de modo compreensível, sem que nela se creia.

Suficiente! ou Demasiado.



Os Poetas antigos animaram todos os objetos sensíveis com Deuses e Gênios, nomeando-os e adornando-os com os atributos de bosques, rios, montanhas, lagos, cidades, nações e tudo quanto seus amplos e numerosos sentidos permitiam perceber.

E estudaram, em particular, o caráter de cada cidade e país,
identificando-os segundo seu deidade mental;

Até que se estabeleceu um sistema, do qual alguns se favoreceram, &
escravizaram o vulgo com o intento de concretizar ou abstrair as deidades mentais a partir de seus objetos: assim começou o sacerdócio;

Pela escolha de formas de culto das narrativas poéticas.

E proclamaram, por fim, que os Deuses haviam ordenado tais coisas.

Desse modo, os homens esqueceram que todas as deidades residem no coração humano.

William Blake

Até Mais Ver
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