Até mais ver: Café Filosófico Até Mais Ver - Post #01

terça-feira, novembro 30, 2010

Café Filosófico Até Mais Ver - Post #01

E quem diria que a idéia vingaria?! Independente dos meus problemas motivacionais e falta de fé neste projeto eis que chegamos ao número 1! Entre outros detalhes ficou decidido pela discussão presencial e que o redator oficial seria eu mesmo... e que Deus (e outras entidades de igual poder e boa vontade) nos ajudem nesta hora.

Para o tema do evento de hoje (do qual eu acabo de retornar) foi determinado que seria um tema atual. Uma
resenha da situação atual da cidade maravilhosa do Rio de Janeiro... Tropa de Elite 3! (e olha que eu nem vi o 2... [e não foi por falta de recomendações]).

O pior de tudo é que segundo três quartos do nosso grupo de discussão (o pessoal que foi ver o filme), o que se desenrolou na última semana nos noticiários deste país, não deve em nada para a produção de José Padilha. A eficiência das equipes da polícia e do exército, a cobertura da mídia, o desespero dos bandidos mais a situação dos civis perdidos em meio a  tudo isso. Um senhor filme de ação.

Até onde me consta, a atuação desta semana da força policial foi exemplar. Vários morros foram tomados, os bandidos encurralados e o números de casualidades foi mantido o mais baixo possível. Uma operação como nunca se tinha visto na história deste país. Mas o então, é que mesmo ações deste porte ficaram sujeitas a diversas especulações...

E uma delas é que esta situação de basta não foi uma resposta a 'gota d'água' que foi a ação de alguns grupos de traficantes que desceram o morro para a sua revolta contra as Unidades de Polícia Pacificadora do Rio. Foi uma demanda meticulosamente planejada, envolveu altos escalões do governo, e tinha como principal meta limpar de uma vez por todas a imagem da cidade maravilhosa perante o resto do mundo.

E na conta de quem o BOPE planeja colocar esta ação? Na do comite organizador da Copa de 2014 por certo. As bases para formular esta teoria se apoiam na ação da força policial nesta última semana que foi exemplar e com poucos incidentes, o que seria pouco natural para uma situação de guerra como a que foi alardeada em alguns veiculos de imprensa e tal...

Em resumo, o Brasil tem aquilo que é necessário para fazer um nome entre as políticas de segurança mundiais, mas só vai fazê-lo quando o interesse politico estiver de acordo. Afinal, o brasileiro é um povo forte e pode sobreviver a um incidente ou dois sem que o governo que tem preocupações mais urgentes necessite intervir... o que me parece assustador.

Algo que vale mencionar, é que estas ações já haviam sido decididas para tomar efeito desde que houve garantia do Rio de Janeiro como sede, mas só foram executadas agora por causa das eleições serem um período muito delicado, onde até mesmo a menor das casualidades poderia soar como algo negativo. O que nos trás a uma outra especulação...

Esta seria a de que o filme Tropa de Elite um projeto despretensioso, caiu como uma luva para os interesses do governo, onde ao expor algumas das várias situações que permeiam o cotidiano nacional, também mostra o outro lado da moeda, que são os policiais honrados, os heróis de todo o dia (filme 1) e os políticos honestos, que mesmo com a descrença de grande parte deste país, existem sim e são os responsáveis por manter este país em uma só peça (filme 2). 

A idéia é de que ao apresentar um herói severo e espirituoso como o capitão Nascimento aos cidadãos brasileiros os tornaria mais afáveis a uma política de "bandido bom, é bandido morto". O que porventura acabou por meio que não, contrariar os interesses da igreja (que até onde me consta não se envolveu nesta última semana), que declarou por meio do cardeal Dom Eugenio Sales no ínicio deste mês: "Bandido tem direitos humanos, mas não tem o direito de ser bandido".

Outro ponto discutido foi como as ações desta última semana apesar de certas e sobretudo necessárias, foram administradas com caráter de remediação, que além do gosto amargo, é sobretudo provisória. O que de fato não é nem um pouco saudável. Foram postas em cena questões como a falta de espaço para diálogo. A polícia já se encontrava ali como última medida. Para resolver o que a diplomacia (que era impráticável com meliantes que não entendiam outra linguagem senão a da força bruta).

O que me lembrou até de ter lido em uma coluna da Folha (que eu não tenho comigo no momento) que a ótica que muitos tinham da situação é que o Rio era habitado por dois grupos distintos: o cidadão carioca e os traficantes (que no momento estão sendo tratados como o tal).

O encerramento foi algo bem mais trivial. O como para muitas pessoas que como nós, moramos longe o Rio, a situação toda não passava de mero entretenimento, como o costume e as reações já previstas eram tão banais, e o clássico, como nós enquanto indivíduos não temos poder nem vontade de alterar esta situação.

Acho que isto resume a pauta da semana. De todo um texto complicado, porque o mr.poneis mesmo, não tinha visto a tv no fim de semana e estava entretido com o caderno de economia no trabalho. Mas se reservou um momento para produzir a seguinte pérola: "Pois é, isso tudo acontecendo por aqui, e me perguntaram do ataque na Coréia do Sul. Como de novo respondi sem pensar... "É mais chique por lá, tem mísseis!"

Até mais ver
mr.poneis

Ps.:  Membros presentes na discussão presencial (em ordem alfabética): Mr. Poneis, Palilo, Pati Ottoni & Virgulino. Dado o caráter extraordinário em que está reunião do Café foi produzida, foi notada a falta dos membros Itagiba e Paraquedas . Mais uma vez peço desculpas, e espero comentários seus a respeito da pauta...

Ps2.: Hwaah, Mais desculpas. O texto em questão foi prometido para algumas horas depois do fim da reunião, mas está sendo publicado agora, porque eu ainda sou impotente perante a necessidade fisiológica conhecida como sono...

Ps3.: E com este texto provavelmente se encerra o mês de novembro no blog. Não atingi a meta de trinta posts no fim do mês... e... mas o que eu vejo! alguém deixou a porta da máquina do tempo aberta e...

ps4.: José Tigre Ottoni Borim é um bom nome, não?

ps5.: Kanemochi Dono Me!! Tropa de Elite 3D?!

ps6.: Eu deveria criar um post guia, onde poderíamos sugerir tópicos para as próximas reuniões do café?
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11 Verdades

Paraquedas disse... [responder]

Por política, copa do mundo, olimpíadas, por um basta, ou até mesmo por uma agressão ao narcotráfico que tomou proporções além do objetivo, não importa, o que é mais importante em tudo isso é que bandidos estão morrendo ou indo para a prisão, armamentos estão sendo apreendidos e esses filhos da mãe (pelo menos sei que um tinha, porque ela o fez entregar-se) não estarão sugando o futuro de nosso país envenenando crianças e jovens com drogas. É o fim, não! E talvez jamais veremos o desfecho de tudo isso (embora seja meu desejo, quem sabe 2012), mas trata-se da retomada da dignidade de um povo que não aguenta mais sofrer.
Esse país que eu defenderei até meu último suspiro, merece dias melhores, pessoas melhores, governantes melhores e uma pitada de descência.

Até mais ver
Paraquedas

PS: Tenho certeza de que eu em um encontro presencial acabaria com a idéia do projeto em pauta, afinal, não sei falar sério... Defeito?!.....................Não..........Não......

PS2: Caso tenha me expressado mal em meu post anterior, não estou chateado com nada do ocorrido, só fiz questão de tornar minha opinião pública.

PS3: É como o nosso a uns 2 milhões de anos atrás, bom né...

PS4: Mr.Poneis, não dê boas vindas aos meus problemas, tá certo que gosto deles e me sinto bem falando deles, mas eles não serão bem vindos ao Até mais ver. Talvez em uma mesa de bar.

Pati Ottoni disse... [responder]

Já dizia Thomas More em "A Utopia":"(...) a sociedade cria ladrões para depois puni-los(...).

Esta medida emergencial tem carater, meramente, remediativo. As ações que ocorreram em relação ao esquema de tráfico e a cultura de violência nos morros do RJ (reproduzidas cotidianamente em cada canto do país) configuram-se como uma tentativa de apagar incêndio. Temo que seja apenas questão de tempo para que o cenário anterior se instaure novamente.
O Brasil investe grande parte de seus recursos públicos em manutenção de presídios, presidiários, operações militares, programas de auxílios e bolsas de assistência social. E, ainda assim, mantém a cultura de violência, impunidade e baixo índice de desenvolvimento humano.
Em contrapartida, países que investem pesado em educação e cultura conseguem ampliar positivamente seus índices de desenvolvimento humano, na mesma medida em que a cultura da violência cede lugar a uma atitude consciente de emancipação popular e de não violência.
Afinal, o espetáculo "Tropa de Elite 3" ou o BBB "Morros no Rio de Janeiro" tem bem atendido aos critérios de uma política pública de pão e circo, na qual estamos inseridos passivamente, não acham?
Gostaria de reafirmar que não diminuo o mérito da operação no RJ. Foi um momento importante porém de características emergenciais e remediativas que, a longo prazo, não representam impacto significativo sem que haja, em paralelo a este tipo de ação, a execução de um plano que priorize a promoção social (não assistencialista) através da educação e cultura.
Quais serão nossas grandes operações táticas em relação à crescente violência contra as mulheres? A violencia sexual contra crianças? A miséria em que grande parte da população está inserida? aos rombos previdenciários? Aos ladrões do congresso? A violência e precarização da condição de vida dos indígenas? Ao mau uso e degradação de nossos recursos naturais?
Ouso dizer que se não pensarmos e lutarmos por efetivas ações preventivas para estas questões teremos muitas "Tropas de Elites" a serem exibidas...

Pati

PS1: Poneis, Não entendi o seu PS4...

PS2: minhas impressões sobre o RJ: http://exprimplena.blogspot.com/2009_10_01_archive.html

Pati Ottoni disse... [responder]

Ps3: Poneis, gostaria que você me explicasse o que seu ps4 significa: 1º porque tem o mesmo sobrenome que o meu e segundo porque sou curiosa.

Paraquedas disse... [responder]

Eu gostaria de me juntar ao congresso...

Até mais ver
Paraquedas

mr.Poneis disse... [responder]

Wa... O blogger não salvou meu comentário anterior... Ma Ika! Faço outro...

Parece que estamos bem para uma primeira experiência. Se o Palilo reviver o tema semanal vai ficar melhor! Aparentemente não vamos ter muito mais comentários do que dos sócios mas temas futuros podem resolver a questão.

@Paraquedas.: Obrigado por compreender e grato pela sua contribuição. Acredito que não tenho do que me arrepender ao denominá-lo como de Wise Guy afinal (Mas calma que até o final da semana eu me explico, eu acho)... Será que eles pagam bem no congresso?

@Pati.: 1 - Thomas More é um sujeito assustador; 2 - Interessante a visita ao Rio, lembro que pelos seus comentários os ares de cidade grande realmente faziam do Rio quase que um país diferente. Ainda mais agora..;
3 - Dica: Quando for passar links, use este codigo - texto do link. Fica mais fácil; 4 - Posso responder depois que o Palilo perguntar também(é mais divertido assim)? Se bem que eu tenho um palpite de que vocês já desconfiam...

Até mais ver
mr.poneis

Pati Ottoni disse... [responder]

Rsrs
Poneis,
Sim, Moore é assustador!
Conversei com o Gu e ele disse que não vai te perguntar:(
Então, acho mais divertido vc dizer msms assim!!!!! :)

Paraquedas e Poneis,
Eles realmente devem pagar bem no congresso pq tem mtaaa gnt lá!

Pati

Gustavo Borim disse... [responder]

Pergunto: pq o ps4?

Bjo

mr.Poneis disse... [responder]

Saudades destes posts com vários comentários...

Não é nada assim tão impressionante mas vamos lá. Lembram que em certa ocasião eu acabei me voluntariando para ser o padrinho de vosso terceiro filho? Isso poque nos dias atuais, um casal saudável se limita a no máximo dois, logo isto me pouparia alguma responsabilidade...

Isso que em um esquema pré definido o Virgulino viria a ser padrinho da menina e o Paraquedas seria padrinho do menino. Daí eu pedi o terceiro, que pode vir, ou não...

Mas até aí vocês ja devem ter adivinhado que era uma sugestão de nome para criança...

Vejamos se posso explicar o motivo de sugestão tão peculiar. Ottoni Borim é um tanto óbvio, já que a criança é de vossa descêndencia o nome da mãe primeiro e o do pai é o último nome, o que geralmente é tradicional desde tempos imemoriais. Quanto ao nome próprio, primeiro Tigre:

Outra tradição comum é convém a tradição de que ao atribuir nomes em homenagem a algo ou alguém você empresta um pouco da força deste que é o dono do nome para aquele que o herda, sendo exemplo comum quando alguém da o nome do pai ou o seu próprio para o filho.

Então você adiciona o conceito de se emprestar a força não de alguém específico mas sim de um animal. No Brasil é comum se emprestar nomes de plantas e minerais para se atribuir tais qualidades, Mas em Europa e Asia (não me arrisco quanto a Africa) o nome de animais é mais comum, no Brasil, quando se trata do assunto os poucos nomes são Leo (Leão), Leandro (Homem leão) & Leonardo (Descendente do leão), então porque nmão tigre? (Por falar nisso o grego para tigre é tigris... mas daí ia parecer mais que o Mussum batizou a criança...)

Ainda que eu pretendia por Toraichi com os kanjis para Tigre e número um mas fui demovido por uma alternativa nacional...

Já José era uma anedota...

"O Palilo chega de mais uma dia de trabalho, beija a esposa, abraça os filhos, janta e vai ver televisão. Então enquanto ele relaxa um pouco o filho dele se aproxima e pede ajuda com o dever de matemática. Atencioso ele pega o caderno, rele e rele, devolve o caderno para o filho e pergunta: "E agora José?".

Parecia mais interessante a primeira vez que eu pensei nisso...

até mais ver
mr.poneis

Paraquedas disse... [responder]

O fim de semana está terminando e logo minha curiosidade aumenta, afinal, porque eu seria um Wise guy?

E porque um tigre?

Pati Ottoni disse... [responder]

É vdd! Pq um Tigre?

Pati Ottoni disse... [responder]

É vdd! Pq um Tigre?