Até mais ver: Diário de Bordo - Capítulo 1 de uns outros tantos (temp)

quarta-feira, fevereiro 04, 2015

Diário de Bordo - Capítulo 1 de uns outros tantos (temp)

Respeitáveis senhoras, senhores e demais prezados... Interrompendo extraordinariamente este hiato que carinhosamente chamamos de blog e com o intuito de começar uma série nova. E que seja como o meus empolgados amigos quiserem, mas apenas se Deus assim o permitir.

Dia 1 - Parte 1: O nobre esporte da dialética

Nossos 3 de nossos aventureiros e o mr. Poneis

O dia começou como tantos outros, embora para variar com um mr. Poneis mal dormido porque estava ansioso... nestes tantos anos de amizade com o pessoal, quando eu não tinha uma boa desculpa, acompanhei-os para muitos lugares, parques de diversões, eventos de anime, bairros exóticos, museus e até shows do Paralamas do sucesso... Viagens memoráveis, vocês que me digam, mesmo assim nunca me acostumei com a ansiedade pré viagem... minha mente processa de um tudo, mas infelizmente você não coa nada que sirva para uma boa história.

Bom mas sem perder o foco logo no primeiro parágrafo, chegaram o Palilo e a Pati para me buscar. Para vocês terem uma ideia realmente tem sido assim, para me arrastar para longe do computador, eles vem, me buscar em casa e até recrutam a minha irmã para ter absoluta certeza de que eu não tenha como fugir... Este é o chato que vos escreve... e eu sinto muito por isso... E como eu dizia... chegaram o Palilo e a Pati para me buscar quando eles foram recepcionados pelo meu cachorro, vulgo Duque um canzarrão de raça ignorada cheio de vontade de fazer amigos... nunca tinha notado mas segundo a Pati, o Duque é mesmo maior que o Nietzsche outro cão cuja raça eu ignoro, do qual ambos são pais orgulhosos.

Com o Duque entretido e as malas carregadas, seguimos para o nosso destino. Durante o trajeto, levantei a indagação de como a vida de como a vida de médicos soa tão triste, com esse negócio de sacrificar os fracos e adoentados, 'ótimo' seguimento para uma conversa sobre como cuidar de cachorros é legal, mas tratando-se de meus interlocutores, mestres na arte da conversa deu-se inicio a uma discussão sobre a legalidade da eutanásia. Ponto em questão: a vontade do doente versus a esperança que seus entes queridos se agarram com todas as forças de que tudo vai terminar bem, com adendos de como muitos animais sacrificados são privados da sua vontade e com alguns exemplos que a Pati testemunhou. E senhores, este foi apenas o começo...

Outros tópicos da conversa foram contudo mas alegres, uma vez que Palilo, Pati e minha irmã comparam experiências de suas viagens ao redor do globo. Acredito que vale mencionar que muitas dessas experiências foram possíveis por motivo de trabalho, estando o lazer nos olhos de quem vê (nota mental: reavaliar o quanto viajar a trabalho pode ser divertido!).

Dia 1 - Parte 2: Subindo a montanha, sem fazer manha

O objetivo da missão: Qual era mesmo?
Eis que chegamos a nossa base de operações, eu mencionaria o nome do acampamento que nos hospedou, mas fica registrado que 1 - Não entendo como funcionam as suas políticas com relação a divulgação de sua localização e serviços e 2 - Eu não prestei atenção ao nome do acampamento. Por hora basta mencionar que seu ponto de referência é o pedágio que separa Mogi Mirim de Águas da Prata (geografia/navegação é uma das minha cruzes).

O que eu prestei atenção foi que após acertado o preço a diária, o Palilo teve de assinar um termo de responsabilidade, que automaticamente foi denominado "aquele papelzinho que isenta o acampamento de qualquer responsabilidade, caso o cadáver dos presentes for encontrado na trilha, independente do motivo". Dramaticidade barata a parte, montamos acampamento. Tive um guia rápido sobre algumas das noções da etiqueta apropriada para o bom campista. Incluso também um segredo dos escoteiros para encontrar leste e oeste, utilizando pedras e sombras.

E terminados todos os preparativos essenciais o espírito de aventura do Palilo despertou, mais uma vez fui lembrado de como a jornada seria árdua e estafante, de como todas as minhas pobres capacidades físicas e mentais seriam postas a prova e como sobretudo seria um esforço recompensador. E um viva para a aventura! Ora a aventura! A partir deste ponto ela será narrada com a incisão de elementos de rpg para poupar seus 'ouvidos' das queixas injustificadas de um japonês demasiado sedentário que quis o Deus que age de maneiras estranhas e misteriosas ousou desafiar a trilha das 7 quedas. Com níveis de sucesso variados.

O líder do grupo, Morram o anão, interpretado pelo Palilo, o que nada teme. Sua fiel escudeira, Mel a domadora de abelhas, interpretada pela sua esposa Pati, que teme por tudo o que o Palilo deveria temer. Sarah, maga aprendiz das frações de luz enclausurada pelo tempo, interpretada pela minha irmã, fotógrafa desta expedição. Por último e por via de regra o menos importante Mr. Poneis, o escriba com níveis em alívio cômico de quatro patas, interpretado por este que voz 'fala'.

Conforme avaliada pelo navegador do time esta seria uma aventura de nível fácil. Com duas semanas de antecedência Mel e Morram já haviam desafiado a trilha e estavam preparados para todas as possíveis intempéries que poderiam ser confrontadas. Fui informado que esta seria uma missão de treinamento para treinar o meu espírito para aquilo que esta por vir... Eita nóis... Nosso primeiro desafio: atravessar a estrada, digo a passagem onde duelam os ferozes dragões metálicos que voam (baixo) para todos os destinos desta estranha terra. Nos foram necessários duas rolagens, uma de atenção e outra de corrida.

RPG: A Wild Poneis has appeared...
Vencida esta etapa, o caminho nos brindava com belos cenários conforme avançávamos. Fui notificado que me equipar com um cajado melhoraria as minhas chances durante estas etapas do trajeto. Até então nosso equipamento consistia de calçados adequados para o deslocamento dentro da trilha, braceletes que sinalizam-nos como legítimos membros do acampamento local bastante água e uma dessas concocções mágicas que promete proteger contra os efeitos nocivos do Sol, malvado senhor das 12 as 17 horas. Minha sorte foi a de poder providenciar o mencionado item logo as margens do caminho. E tal que a rolagem é ajustada como fácil neste cenário.

A partir de então nossos caminhos se deram pelos trilhos destes que são, as mais longas das feras de metal a habitar estas paragens. Percorrendo por este caminho tentei fazer uso de meu único nível na classe bardo e iniciei uma canção para animar a viagem, senso prontamente ignorado... músicas em japonês não são assim tão populares afinal... Pouco depois Morram mencionou que em sua primeira incursão aqui ele e Mel seguiram os trilhos até a caverna onde a besta possivelmente criou o seu abrigo, mas concluíram que era um rastro abandonado, Pelo lugar fantástico que é Sarah e eu também seriamos conduzidos até lá, mas em uma oportunidade futura. O que esperar então? Por duas ou três vezes um assovio peculiar nos levou a acreditar que a trilha ainda pudesse ser visitada pela espantosa fera.

Voltando ao nosso itinerário atual, nos deparamos com um novo desafio: Um mata-burros! Para vencê-lo um teste de equilíbrio e um de coragem... Dando oportunidade para que as damas fossem primeiro, Mel e Sarah venceram suas provas, e seus testemunhos hão de ser que mesmo com boas rolagens em coragem o frio na espinha ainda é tangível e inescapável. Eis que atravessa mr. Poneis, um atual burro (tecnicamente um pônei mal adestrado) que mesmo com valores aceitáveis na sua rolagem de equilíbrio, vai e falha na sua rolagem de coragem e empaca do meio do caminho! Provando que Deus é bom para ele mais do que ele merece, o incentivo dos demais o concede uma nova oportunidade e só então ele venceu sua prova, mas ainda ficou estarrecido o suficiente para faltar com a devida atenção a facilidade com a qual Morram concluiu a sua tentativa sem nem ao menos usar de seu teste de coragem!

Mais um longo trecho pelos rastros de metal uma enorme urna de metal devidamente saqueada, indicava a próxima etapa de nosso itinerário. desbravando por dentro da mata seguindo por caminhos já desbravados por heróis de tempos distantes. Oficialmente iniciamos nosso desafio as Sete Quedas. Morram, o líder da expedição que já conhecia a trilha errava (no sentido de testar) cada etapa do caminho, demonstrando quais eram os pontos seguros onde podíamos atravessar, seguido de perto por Mel que com seus alertas o impedia de errar (então do sentido de cair), graças a estes dois eu tenho o privilégio de estar vivo para escrever este artigo.

Durante a próxima hora, o que se seguiu foram sessões com travessias sobre pedras traiçoeiras, terreno enlameado e uma feroz subida morro acima, uma dessas coisas que você pode definir de uma luta entre homem e natureza, mas o testemunho contido em minhas palavras pode apenas leva-los a especular... O gutural verde, o encontro com a exótica fauna flora local, o atestado de força e agilidade do homem antigo, etc etc. E estas eram apenas nossas boas vindas a esta aventura!  

Uma parada para descansar. Na represa natural que circundava a primeira queda tive a oportunidade de em muito tempo, falhar em todos as minhas rolagens da perícia natação... colecionei também diversas falhas nas rolagens exigidas para sequer boiar... Morram então se dispôs a administrar um de seus "métodos dinâmicos" de aprendizagem instantânea para me ensinar e eu rolei uma falha crítica! Graças a boa providência, além de uma temperatura ideal a água também era rasa. Estimo que por volta de um metro e trinta no máximo... Tão úmido quanto divertido.

Dia 1 - Parte 3: mr. Poneis, demasiado preguiçoso

Um fã de manga precisava aparecer meditando sob a cachoeira... pff, que original...
Retomando nossa excursão, então galgamos novas alturas, e descidas e então subidas, algumas íngremes o bastante para exigir o máximo de todas as minhas quatro patas e o abandono de meu cajado... Instigados sempre a seguir em frente por nosso incansável líder, perseveramos... pelo caminho, então fomos notificados que a trilha é popular visitada com uma frequência regular. Então um teste de identificação apropriado, levou ao nosso conhecimento que outros aventureiros haviam estado ali havia poucos dias... fomos desafiados a superar sua marca e seguimos adiante... a medida que o desafio aumentou, a minha pouca resistência se esvaia em igual proporção...

E então o ponto alto desta expedição. Nem todas as estrelas em seu calçado salvaram Sarah de pisar em falso, o que levou mr. Poneis soltar a um grito de susto! Que segundo o testemunho de ouvintes soou um tanto quanto único e engraçado... devidamente recomposto, erramos pelo caminho até onde o que pude contar seria a quinta queda. Eis que então todo aquele esforço cobrou seu preço sobre o sedentário mr. Poneis que falhou em seus testes para manter a força de suas pernas e assim foi consumado por uma excruciante dor nas costas, as quais ele foi notificado serem produto do acúmulo de gases no baço, produto de respirar pela boca... um típico erro de amador (eu acho).    

Julgando que seguir adiante, seria bem difícil nestas condições obtivemos a ordem de retornar... Fui animado então pelo reconhecimento de que devida toda pouca coragem que demonstrei em vários pontos do trajeto, eu segui tão longe quanto um homem sedentário jamais o fez... e como minha recompensa eu até poderia dizer o "vim, vi e venci!". Ao retornar nos deparamos com um segundo grupo de aventureiros que fazia usufruto da primeira queda. Uma família de ao menos sete pessoas cujo rebento mais jovem, foi especulado na idade de 3 anos de idade e um cachorro. Os observamos de uma distância conveniente, do alto da segunda queda.

Explorando a segunda queda Mel pode fazer um breve contato com o seu ecossistema. Na forma de um pequeno batráquio da cor da lama e com grandes olhos amarelos... evitando confrontar tão temível criatura... "permitimos" sua fuga. Mr. Poneis tentou refazer as suas forças meditando sob a corredeira, com níveis de sucesso variados e Morram após um breve intervalo sob a água resolveu por descansar sob o sol. Sarah então registrou estes alguns destes eventos usando seus misteriosos pictogramas.

Rpg: Another Wild Poneis has appeared...
Observando o exemplo do segundo grupo de aventureiros, também seguimos nosso caminho de volta a nossa base de operações, em 45 minutos de viagem fizemos o caminho de volta e Sarah usou da oportunidade para capturar mais alguns pictogramas. Notamos então um certo desvio da rota que economizava boa parte do trajeto e de quebra nos poupava de voltar pelo mata-burros...

Avistando um membro do rebanho local,  retomei o assunto de como alguns doutores dos animais são treinados nas artes veterinárias: Para acostumar seus alunos com o cruel conceito de morte e sacrifício, muitas escolas técnicas criam um novilho, que é cevado no último semestre para os propósitos de um churrasco de domingo. O assunto se estendeu para os prós e contras do consumo de carne, e dos malefícios do consumo de produtos a base de soja e outras beveragens aditivadas com açúcar, principalmente quando essas vem com muito mais do que açúcar em suas formulações...

Sãos e salvos! Fim bem sucedido da missão, Por hora,posso deixar esse negócio de rpg de lado (bem que eu gostaria)... Morram torna-se de novo em Palilo, Mel torna-se de novo em Pati, Sarah se torna novamente em minha irmã e o mr. Poneis... esse perdeu a conexão com a realidade a tempos... Nosso logro: algumas bolhas nas mãos, um arranhão superficial para o Palilo e algumas picadas de insetos subaquáticos no mr. Poneis  (acredito que sejam duas ou três abelhas desgarradas), uma pequena coleção de pictogramas e a certeza de uma aventura (eu acho)!    

Dia 1 - Parte 4:  Luau por extensão

Por falta de fontes esta parte do texto segue com uma imagem aleatória...

De volta ao acampamento...fizemos uso de um banho revigorante (vejam vocês as torneiras davam choque) e os que tinham energia seguiram para a piscina... o mr. Poneis se dirigiu a taverna local onde poderia adquirir uma poção de cura (chega de rpg, era apenas um refresco).

-- Por favor, que tipos de refrigerantes vocês possuem?
-- Vários: C*ca-Col*,  F*nta, Spr*te, Ku*t, Gu*ran* Ant...
-- Vocês tem aquele Sch*ppes Citr*s?
-- Esse acabou, nós só temos do normal... e é nossa última lata.
-- Vai esse mesmo
-- São $ 3,00..
-- Aqui estão...
-- Muito Obrigado.

E tão desinteressante quanto isso possa parecer... eu recebi uma lata de Schwe*pes Citrus... minha teoria é de que o normal é definido por consumo, dado que o sabor a base de quinino não é assim tão popular... Consumi minha feliz aquisição e cochilei ali na cadeira mesmo...

...

Reunido, novamente com o grupo principal, seguimos para a civilização com o intuito de procurar algo para comer e reabastecer os cantis com a água local que como ensinam contém propriedades medicinais. No centro da cidade passamos pela folia local, mas que parecia demais com uma quermesse, dada as escolhas musicais. Era organizada em agradecimento aos esforços da comunidade local, então não nos fizemos convidados, seguimos nosso caminho...

Chegamos a floresta dos macacos, onde não pudemos observar nenhum macaco... pelo que acredito, os símios de hábitos noturnos não são muito confortáveis na presença da iluminação artificial que mantém os humanos do local em segurança. Contornamos o lago e então paramos para pedir informações em um quiosque onde pude garantir uma saborosa iguaria de milho... então seguimos para um novo ponto onde pudemos consumir o melhor da culinária local, na forma de lanches a base de hambúrguer...

Tive ainda a oportunidade de aprender que um lanche com o nome da casa e um lanche preparado a moda da casa podem ser sim diferentes, assim como seu preço e tempo de preparo. Terminamos o nosso jantar, reabastecemos nossos cantis e retornamos ao acampamento com o intuito de descansar. O que nos esperava no entanto...

...

Feitos os últimos preparativos, fizemos nossas camas... a minha fora da barraca alugada que por um momento me pareceu claustrofóbica... E foi então começou. Um outro grupo de campistas que ali se encontrava decidiu que a noite ainda era uma criança e começou um luau... a plenos pulmões, uma perícia moderada na arte do violão e armados com diversas pérolas de nossa música popular brasileira...

Clássicos do sertanejo, samba, pagode, rock dos anos 70, 80 e 90, Mamonas Assassinas (que eu ainda não sei a que grupo pertence), forró pé de serra, protestos de outros campistas... Foram horas até que eles todos se dessem por satisfeitos. Enfim, foi uma noite longa... ao menos para mim, que diferente dos meus companheiros, não entendo o que é o sono dos justos, ou drama a parte, não dorme muito bem longe da própria cama...

Dia 2 - Parte 1: O guardião da queda zero

O tal do cuidado onde pisa...

De algum jeito eu acabei por pegar no sono... para despertar pouco depois com um aparelho de som ligado explicitamente para se vingar dos participantes do luau (ou assim minha irmã que despertou antes relata) ... Logo após os rituais matutinos de assepsia (maneira cabulosa de escrever lavar o rosto e escovar os dentes), experimentamos a curiosa matemática aplicada ao café da manhã do acampamento, generosa o suficiente pois me permitiu consumir café e presunto gratuitamente. Nestes termos:

Queijo Quente........ $ 3,50
Misto Quente......... $ 3,50
Leite Quente......... $ 2,80
Leite com Café....... $ 2,80

Me pareceu um bom negócio no momento...

...

Decididos ainda a aproveitar o melhor do que o acampamento tinha a oferecer, nosso grupo decidiu por averiguar a existência de uma outra cachoeira mencionada pelos funcionários. Nos limites da propriedade, seu som era audível alto e claro, mas encontrá-la demonstrou-se uma tarefa um tanto mais aplicada. Algumas buscas infrutíferas, um círculo de bananeiras e uma parada para receber informações, encontramos uma pequena trilha logo após uma arena improvisada para amistosos de peteca. Ao fim desta, percebemos o valor de acordar bem cedo, pois a cachoeira já estava ocupada por um grupo de ciclistas...

Indispostos a incomodar o primeiro grupo, esperamos uma meia hora caminhando no raso córrego que antecede a cachoeira... o prudente Palilo apenas bateu algumas fotos, pois essa parte não era aventureira o bastante. Culpo a gravidade e o excesso de seixos no fundo do córrego, acredito que a experiência pode muito bem ser considerada um "moedor de carne medicinal", uma vez que segundo minha irmã explica, a pressão aplicada a sola dos pés, dói apenas quando há algo de muito errado com os seus pontos vitais (não exatamente com estas palavras).

Assim que o grupo de ciclistas terminou o seu banho, tomamos a nossa vez e fomos recepcionados por uma visão um tanto peculiar pra estes tipos de passeio, uma tartaruga, ou jabuti, ou cágado que encantou nosso grupo e até se 'dispôs' a ser segurado para uma pequena sessão de fotos. A água estava com uma temperatura deveras agradável para o horário (custa muito dizer que estava ótima?) e a queda d´água foi uma grande alívio para possíveis músculos cansados do dia anterior. Posteriormente, esta foi considerada a melhor parte da excursão.  

...

Após convidar o próximo grupo para entrar também a cachoeira, então nos retiramos, nos perdemos pela trilha de volta (apenas erramos a entrada por alguns metros) e voltamos ao acampamento... para trocar a cachoeira pela piscina do acampamento, muito para minha confusão (um monte de água pelo outro). Para o meu desterro entendi a diferença bem rápido. Que experiência miserável não tocar os pés no fundo da piscina! E teria passado toda a experiência agarrado a borda até o Palilo decidir que aprender a nadar tornaria a experiência mais proveitosa...

E assim de perto... era mesmo um cágado...

Aparentemente a piscina também parece um ótimo lugar para se arremessar pessoas e fazer torres humanas... Fortuitamente escapei de ambos... Mas estou sendo injusto, meu veredito após tantos banhos nos últimos dois dias é de que a sensação de gravidade reduzida proporcionada deve ser uma das melhores que já experimentei até então!

...

Então chegamos a hora do almoço... após alguma deliberação, decidimos pelo almoço comercial que , que deveria servir para duas pessoas, mas serve três com facilidade. E ainda pedimos por dois desses... Adicionamos uma porção de iscas de tilápia e 2 litros de suco de laranja... Temendo pela tal multa por desperdício fiz o meu máximo para consumir tanto quanto podia... para ser miseravelmente derrotado. Apenas depois descobri que o restaurante local não exerce esta cruel penalidade...

Minha atual filosofia quanto a comer fora (como se eu fosse disciplinado o suficiente para realmente seguir uma), é a de que deixar sobrar comida no prato é um pecado contra Deus, uma ofensa para o cozinheiro e uma lástima para o bolso... Em suma: preciso de um estômago maior...

Dia 2 - Parte 2: Mr. Poneis Goes to Minas

Visitando o recanto japonês... Mais caminhada! Wai!!

Após este vexame da minha parte, desmontamos acampamento e seguimos para o nosso próximo destino, a cidade de Poços de Caldas, Minas Gerais... lar de paisagens deslumbrantes e estradas mal cuidadas (não que eu soubesse dizer a diferença). Em todos estes anos nesta indústria vital, o segundo estado que tive a oportunidade de conhecer... grata surpresa...

Ninguém entendeu o porque, mas a grande maioria do comércio local encontrava-se fechado... Uma ocorrência normal para um domingo, que o Palilo e a Pati receberam com estranheza, pois a cidade se trata de um polo turístico que fatura o seu máximo justamente nos finais de semana... Das opções que nos sobraram havia uma praça com um relógio feito de flores, o recanto japonês e uma parada para consumir água enriquecida com urânio, uma das atrações locais...

Outras atrações incluíam um bar do qual a Pati tem poucas boas lembranças e um coreto com samba de raiz ao vivo, que não tivemos muito tempo para parar e escutar... porque mr. Poneis precisava visitar o teleférico... bwa hahahahaha! (efeito sonoro que permeou todos os aproximados 23 minutos da minha estadia em dito veículo)... o choque foi suficiente para extraírem de mim a promessa de que qualquer dia desses escalaríamos o vulcão a pé... vai saber...

E quando mais macacos são mais comuns no recanto japonês do que na floresta dos macacos
Finalizamos nossa estadia, com uma visita a um café local, que entre outras bebidas (tantas com um nome difícil de lembrar) oferecia um "café da roça", com doce de leite e canela... eis que então um transeunte, nos aborda e pede para ser contemplado com um salgado, o que aparentemente me pegou desprevenido, pois havia esquecido minha carteira no carro e não pude pagar nem o meu lanche (evento repetido durante todas as vezes anteriores durante esta viagem, minha irmã pode atestar...)

Acabou que um grupo de aposentados pagou a esfirra e o assunto morreu com a constatação de que pagar um lanche, e que foi bom senso do dito transeunte pedir por comida ao invés de dinheiro vivo, ato pelo qual seria prontamente rejeitado (algo com usos duvidosos que poderia fazer do dinheiro)... No final ainda fui censurado pela minha irmã, pois minha falta de bom senso quase me rendeu um refrigerante gratuito...

Dia 2 - Parte 3: Hospitalidade mineira 

Pagu (Na verdade Gupa)

Quando eu já tinha dado o dia por encerrado e estava mais que satisfeito, havia uma coisa a mais uma missão para cumprir, aparentemente é descortês visitar Minas Gerais e não adquirir uma das famosas iguarias locais, os famosos queijos de minas... Já passava da hora do comércio local fechar as suas portas mas então o Palilo perseverou e perseverou, para enfim encontrar um empório aberto... em Andradas, que ainda fica em Minas (preciso de mais tempo estudando mapas).

E então fui brindado com a tal da "hospitalidade mineira"... que nobilíssimas tradições a parte, é uma senhora estratégia de marketing, para tudo o que me parecesse exótico, curioso ou intrigante (pleonasmo?) me era oferecido uma genuína amostra grátis, sem interesse, sem compromisso e tudo a preços bastante convidativos... O lugar era tão confortável que acabei comprando mais do que eu podia carregar (corrigindo, minha irmã comprou mais do que eu podia carregar...) e de quebra, ainda pude conquistar uma ambição esquecida, o tal do queijo da serra da canastra... Realmente seria uma grosseria não ter feito mais esta parada...

Assim que deixamos a loja com nosso logro, o caminho de saída de Andradas, então várias queijarias abertas, tal fenômeno que é quando você procura por alguma coisa ela falta e então quando você finalmente encontra, ela surge aos montes pelo resto do percurso... Agora como associei esta noção com a de que homens casados são mais interessantes, dado que os que casaram refletem as boas escolhas de suas esposas, eu não faço ideia (veja bem, nunca fui casado, quanto mais atraente...)

Dia 2 - parte 4: Lá e de volta outra vez... 

Explosões faltando por questão de sérias restrições orçamentárias
De certo agora retornando para casa... várias placas ofendendo de um jeito ou de outro, o segundo colocado da corrida presidencial do ano passado... assunto de pouca importância que nem rendeu uma boa piada, porque estavam todos muito cansados, o que em toda ficção que eu já pude apreciar é sempre sinal de uma viagem bem aproveitada... Graças aos céus, o Palilo acredita que dormir é para os fracos e pode nos conduzir de volta em segurança...

E acredito que isso completa todo o meu relato... pessoalmente acredito que acabei vivendo a maior aventura da minha vida, mas o Palilo disse que hão de haver mais, com um certo aumento na barra de dificuldade... Deus tenha piedade...

Até mais ver
mr. Poneis

Ps1: Acredito que ainda devo desculpas ao Virgulino... dito que o primeiro convite para um acampamento partiu dele e coisa e tal... infelizmente questões familiares hão de me impedir. Depois disso não tenho mais desculpas. 

Ps2.: Duvido que isto renda um post popular, mas é isso Palilo, texto entregue, voltemos com a nossa programação (hiato)  habitual...

Ps3.: Para manter o contexto ideal... mais fotos são necessárias... (reformular este ps...)

  • Facebook
  • Disqus
  • 0Blogger
comments powered by Disqus