Um asteroide de dimensões ainda desconhecidas se chocou contra o planeta Júpiter na manhã segunda-feira, produzindo uma gigantesca bola de fogo na alta atmosfera do planeta. Ainda não se conhece o tipo de objeto impactador que causou o choque, mas as primeiras estimativas indicam que a cicatriz produzida tenha cerca de 3 mil quilômetros.
As primeiras imagens do impacto foram feitas pelo astrônomo amador Dan Peterson Racine, através de um telescópio de 300 milímetros instalado no Estado de Wisconsin. De acordo com Racine, o brilhante flash foi observado por cerca de 2 segundos. Quase que imediatamente, outro astrônomo amador, George Hall, localizado no Texas também confirmou o impacto. Hall estava gravando imagens do planeta no instante exato do choque.
O impacto ocorreu às 11h35 UTC (08h35 BRT) contra a borda ocidental do planeta e provavelmente foi causado por um corpo de pequenas dimensões. Astrônomos de todo o mundo estão agora monitorando o impacto planetário na tentativa de localizar possíveis restos do objeto impactador. À medida que o planeta gira sobre seu próprio eixo a mancha será trazida para o campo visual dos observadores e novas cenas deverão surgir ao longo dia.
Shoemaker-Levy 9
Entre 16 de julho e 22 de julho de 1994, o planeta Júpiter foi severamente bombardeado por mais de 20 fragmentos originados do cometa Shoemaker-Levy 9, que atingiram o hemisfério sul de Júpiter. Este foi o primeiro impacto entre dois corpos significativos do Sistema Solar observado diretamente.
O cometa foi descoberto pelos astrônomos Eugene e Carolyn Shoemaker e David Levy, durante observações fotográficas de Júpiter e devido à sua orbita passou a chamar a atenção dos pesquisadores já que as forças de maré provocadas pela gravidade do gigante gasoso provavelmente fragmentariam o objeto. Na ocasião, a força do impacto criou manchas ainda maiores que a Grande Mancha Vermelha e que persistiram por vários meses.
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