Até mais ver: Capítulo V – É a nossa vez

sábado, setembro 10, 2011

Capítulo V – É a nossa vez

Após a difícil aventura no labirinto, Skalla, Clover e o tigre continuaram caminhando em Tentro. Skalla se sentia protegida por saber que era uma grande guerreira e ainda contava com a força de seu fiel amigo tigre, além de ter ao seu lado um grande trunfo com uma misteriosa magia de curar os ferimentos recebidos em batalha, ela avança confiante em encontrar Lance Kafka na cabana e sabia que ao chegar lá poderia estar frente a frente com uma das mais ferozes lendas de Plates, o Lobo Azul. Durante a caminhada eles conversam sobre o que motivava a Atalanta e como agiriam ao encontrar a cabana.
Clover estava curioso para saber por que Skalla teria escolhido tornar-se uma justiceira ao invés de uma caçadora de recompensas, ele admirava suas habilidades e sabia que ela seria capaz de se adaptar a qualquer situação que escolhera. Ela apenas esclarece que o mundo precisa de mais justiça e que essa seria sua missão.
                Clover – E o tigre, qual a história dele?
                Skalla – O nome é Aruk, nós fomos unidos quando ambos eram recém nascidos, ele me protege e me ajuda a buscar a paz no continente.
Skalla não diz muito sobre Aruk, seria como contar segredos de alguém que os confiou a você.
Enfim, a cabana aparece em meio às árvores, os viajantes ficam a observar, mas aparentemente não há movimentação. Toda feita de madeira, com plantas trepadeiras tomando conta do telhado e de parte das paredes, a cabana parece abandonada, mas se lá é o esconderijo do Lobo Azul, não se pode esperar que fosse um lugar amistoso.
Skalla, então, arma-se com seu chicote e começa a caminhar em direção à cabana.
                Clover – Skalla espere! Deixe-me ir à frente, se algum monstro aparecer, eu posso atacar a longa distância com minhas flechas e te dar tempo para procurar seu noivo.
Antes mesmo que Skalla aceitasse a oferta do lagarto ele passa por ela já com seu arco em mãos, se agacha com um dos joelhos ao chão e prepara seu ataque. Skalla fica apenas a observar Clover em ação, o arqueiro concentra-se e lança sua flecha. A viagem da flecha é breve e logo atinge a porta da cabana, os três continuam a espreitar, mas não há sinal de que haja alguém ali.
                Clover – É seguro, vamos!
Clover mal pode terminar sua frase quando um novo clarão atinge os viajantes, eles tentam proteger seus olhos, mas em vão, quando a visão os volta ficam surpresos, Skalla, Aruk e Clover estão agora em um campo aberto com o mato a bater na cintura.
                Skalla – O que houve?
                Clover – Não sei. Isto é o que acontecia a mim todos os dias e noites.
A mulher tigre decide que devem prosseguir mesmo com o tal acontecimento, então eles começam a caminhar em direção às árvores. O mato estranhamente vai se mexendo como se fosse abrindo caminho a eles, Aruk vai à frente para garantir a proteção de Skalla, todos com a coragem aflorada.
A caminhada no campo não demora e logo eles estão dentro da floresta novamente, mas agora não sabem se esse é o caminho certo. Parece que o caminho foi modificado, tudo aquilo era novo para Clover e Skalla, a sensação de estarem perdidos foi logo esquecida quando Clover avista a cabana novamente.
                Clover – Ali está! Não estamos longe da saída.
Ele caminha confiante quando sente seus pés sem apoio, o lagarto começa a afundar no que parece ser areia movediça. Desesperado, ele pede ajuda a Skalla que prontamente lança seu chicote para que ele segure, mas ao fazer isso ela avançou sua posição e percebeu que estava também prestes a ser engolida pela areia; Aruk não para de andar de um lado para o outro rugindo e sem saber o que fazer ao ver seus companheiros passando por dificuldades. Clover pede à Skalla que lance seu chicote no galho de uma árvore para que se salve e depois o resgate, ela prontamente atende ao pedido do arqueiro e tenta alcançar o galho mais próximo. Por duas vezes Skalla não obteve êxito conseguindo somente na terceira tentativa laçar um galho de árvore, ela começa a sair da areia enquanto seu companheiro continua a afundar; Clover para de se mexer quando percebe que não haverá tempo para salvá-lo.
                Clover – Skalla, obrigado por tentar me tirar daqui, espero que encontre seu noivo.
                Skalla – Clover, não desista! Eu vou te tirar daí.
                Clover – Se um dia for a Golich e encontrar minha família, diga que eu sinto muito. Adeus.
A areia cobre Clover.
                Skalla – Não!
Com lágrimas nos olhos, Skalla fica parada por um tempo como se não acreditasse no que acabara de acontecer. Clover estava morto, a floresta de Tentro não iria deixá-lo sair.
Os rugidos de Aruk fizeram com que Skalla voltasse a si e continuasse a subir por seu chicote até sair da areia movediça. Feito isso, ela abraça Aruk e diz “agora somos só eu e você”. Podia-se ver nos olhos de Skalla o ódio e a sede por justiça e vingança, e era o lobo que pagaria o preço. Ela não espera mais e avança até a cabana, sua raiva era tão grande a ponto de deixar qualquer plano de lado, ela então chega até a porta e a derruba com um pontapé adentrando enfim no esconderijo do Lobo Azul, mas para sua surpresa a cabana era um lugar bem arrumado, uma mesa ao centro com um vaso de flores decorava o ambiente, uma lareira acesa deixava o clima agradável, tapetes e quadros com cores vivas, uma poltrona ao canto e uma prateleira com potes e livros deixaram Skalla com um enorme ponto de interrogação, afinal, que tipo de monstro era esse tal Lobo Azul? Ela vasculha o lugar em busca de respostas, os potes na prateleira estavam com mel e cascas, os livros eram de poesias, magia e histórias, um deles não possuía título na capa, era um grande livro de couro. Ao abri-lo, Skalla não reconhece o idioma, a escrita parecia ser a mão e a caligrafia não era a mesma em várias páginas, após folheá-lo ela percebe que as últimas páginas estão em branco, então Skalla fecha o livro, coloca-o novamente na prateleira e ao se virar em direção à porta se assusta com a presença de alguém: “O que aconteceu com a minha porta? Quem é você? O que está fazendo na minha cabana?”
Talvez Skalla tivesse se surpreendido mais com o estilo do ser que ali estava do que com sua presença, era uma mulher, não muito alta, usava uma grande cartola e tinha uma aparência amistosa, embora suas palavras contradigam sua descrição.
Skalla – Eu sou Skalla e este é Aruk, estamos atrás do Lobo Azul, dizem por aí que ele vive nesta cabana. E você, o que faz aqui?
Mel – Meu nome é Mel, e eu já disse, esta é minha cabana! E que história é essa de Lobo Azul? Isso não passa de uma desculpa para você roubar meu mel.
Skalla percebe um zunido que começa a aumentar à medida que Mel vai se irritando.
                Skalla – Não quero seu mel, só quero meu noivo de volta. Se não se importar estou indo embora, já que minha vinda até aqui não resultou em nada.
                Mel – Noivo? O lobo no qual me falou é seu noivo?
À medida que a conversa se prolonga os zunidos vão diminuindo, Skalla explica sua história a Mel que fica comovida e revela que ouviu alguns viajantes pela floresta dizendo que acontecimentos estranhos assombravam Armindra e Golich, uma boa pista para Skalla que faz de Golich sua próxima parada.
Antes de Skalla deixar a cabana, Mel explica a ela que a floresta de Tentro sofre com clarões de energia que modificam os caminhos e locais, por isso essa floresta nunca é a mesma, “Isto explica muita coisa”, diz Skalla.
Ao se despedir, Mel entrega à Skalla um pouco de mel e a deseja sorte. A tigresa volta a caminhar pela floresta em busca de seu noivo.
Alguns quilômetros à frente, Steve Maxpower e Morran chegam a Golich, mas a cidade é cercada por um grande muro com guardas vigiando seus portões, a entrada é permitida apenas com a luz do sol, então Morran e Maxpower decidem procurar uma brecha na segurança para não precisarem dormir ao relento. Após andarem por quase todo o perímetro, eles chegam próximo a mais um portão e constatam não haver como entrar sem serem vistos, o que faria um confronto com os guardas ser inevitável. Maxpower analisa as possibilidades, olha para todos os lados e vê guardas armados com lanças do lado de fora do portão, cavalaria montada com espadas do lado de dentro e arqueiros sobre o muro, ele se vira para Morran e diz para esperarem o amanhecer.
                Morran – Mas Steve, até o amanhecer a notícia sobre o garoto morto pode chegar até aqui. Não acha que vamos nos complicar?
Steve Maxpower concorda com Morran, mas afirma preferir correr o risco de entrar ao amanhecer quando a segurança deverá ser menor, do que enfrentar tantos guardas.
Eles caminham para longe do portão entrando em uma mata fechada para procurar um lugar onde possam descansar e aguardar o nascer do sol. Não muito a fundo, os dois encontram uma caverna e Maxpower pede para que Morran entre e veja se o lugar é seguro.
                Morran – Mas por que eu?
                Steve Maxpower – Os seus sentidos são mais aguçados do que os meus, portanto sentirás logo se há perigo ou não. Tome leve isto.
Steve entrega ao anão um galho e antes de qualquer pergunta ele ateia fogo com sua espada criando uma tocha para iluminar o caminho.
Morran vai, desconfiado e com muita cautela, aprofundando-se na caverna e enquanto se distancia vira várias vezes para trás e vê cada vez menos a imagem de Steve Maxpower, pode-se dizer o mesmo do cabeludo que vai perdendo de vista Morran.
Steve Maxpower já não vê mais o pequeno desbravador há alguns poucos minutos, só que agora ouve rapidamente ruídos vindo do interior da caverna, ele chama por Morran, mas sem sucesso. Sua imaginação estava a trabalhar a todo vapor e já dava como morto o pobre companheiro, foi então que os ruídos cessaram e por um instante o silêncio tomou conta do cenário, mas foi breve, agora o ruído vem se aproximando da saída e antes mesmo de Maxpower pensar em agir ele vê Morran correndo para fora e gritando “Corre!”. O anão passa por Maxpower perseguido por um lobo, Steve não entende a preocupação de Morran, afinal as chances de eles vencerem o lobo em uma batalha são grandes. Quando o cabeludo vira-se para ir a socorro de seu amigo fica surpreso, agora em seu costado os sons vindo do interior da caverna vêm se aproximando rápido, ele então se vira novamente e descobre o que realmente assustou Morran, vindo em sua direção uma grande matilha de lobos famintos, Steve Maxpower não tem muitas opções de fuga, então ele escala uma árvore e fica a esperar os lobos irem embora. Maxpower percebe então que há magia no ar, o que o deixa muito preocupado, pois os lobos estão dando patadas no tronco da árvore e arrancando grandes lascas, não deve demorar para que a árvore caia. “Que lobos fazem isso?”. A situação faz com que Steve Maxpower apele para um artifício pouco usado por ele por não crer que funcione, ele começa a orar para seu deus.
Enquanto isso Morran continua a ser perseguido por um lobo solitário, e só após correr vários metros percebe que os demais lobos não o perseguiam, por isso pára e resolve enfrentar a ameaça. O lobo o encara rosnando muito, Morran olha para ele e nota os olhos vermelhos, logo após ele percebe também os grandes dentes do lobo sedento por carne todos à mostra, mas nada disso amedronta o anão que com um movimento suave para que o lobo não o ataque primeiro se arma com seu martelo emendando um “Pode vir!”. O lobo parte para cima do pequeno corajoso e salta em sua direção, Morran desvia fazendo com que o ataque apenas acerte o ar, agora os dois estão muito próximos, o que impede que Morran arme seu ataque com o martelo de Thor, então sem alternativa ele golpeia o lobo com um chute certeiro afastando o canino selvagem, Morran parte agora para cima buscando a definição do combate com seu martelo, o animal se levanta bem a tempo para escapar do golpe que acerta com muita força o solo deixando o anão vulnerável ao ataque que não demora a acontecer, o lobo revida a tentativa do golpe com uma patada no braço de Morran causando-o um arranhão profundo. Isso deixa o anão furioso e ele atira o martelo na direção do lobo que cai agonizando após o duro golpe.
Em outro lugar, parece que as preces de Steve Maxpower finalmente serão atendidas, os lobos que tentam por enquanto em vão derrubar a árvore onde ele está sentem que um membro de sua matilha precisa de ajuda e começam a partir, e enquanto isso ocorre, Maxpower se levanta em um galho e desfere:
                Steve Maxpower – Isso mesmo, vão embora seus pulguentos miseráveis!
Ele poderia ter parado por aí, mas prontamente em um ato de insanidade ele arremessa um galho contra os lobos que voltam furiosos e continuam com o trabalho árduo de derrubar a árvore. É claro que agora Steve Maxpower percebe que o melhor era não ter feito nada.
Há vários metros Dalí, Morran prepara o golpe final.
                Morran – Em que mundo você poderia me vencer? Lobo idiota.
O lobo agoniza temendo o desfecho daquela luta enquanto o anão levanta seu martelo.
“Não o faça!”, diz uma voz vinda dos arbustos.
                Morran – Quem está aí?
Aparece então um ser aparentando ser humano, rosto redondo com os olhos puxados, um longo bigode marca sua aparência, suas vestes são as de um viajante, ele carrega consigo uma bolsa às costas e caminha segurando um cajado de madeira.
                Morran – Quem é você?
                Shin Yugoth – Meu nome é Shin Yugoth, por favor, não mate o lobo.
                Morran – E por que eu faria o que me pedes? O que eu ganharia com isso?
                Shin Yugoth – Não o mate, ele está enfeitiçado, lobos não agem como ele.
Morran desconfia das palavras do aparecido das matas.
                Morran – Como sabes?
                Shin Yugoth – Porque eu o enfeiticei. Vamos, seu amigo precisa de ajuda.
O bigodudo então se aproxima do lobo, agacha-se fechando os olhos e levantando suas mãos suspirando forte, e como magia os olhos do lobo voltam ao normal.
                Shin Yugoth – Deixe-o, agora estará em paz.
A nova dupla parte correndo na direção de Steve Maxpower, Morran ainda desconfia muito do que acabou de presenciar. E é no exato momento que a árvore cai que eles chegam ao local, Shin grita para que os lobos parem pouco antes do ataque a Maxpower enquanto o anão corre até o cabeludo para ver se ele está bem.
Steve não acredita, ele olha para os lobos todos sentados como se fossem animais de estimação, não são nem de longe os animais ferozes que a pouco queriam o devorar. Yugoth ordena que eles voltem para a caverna batendo seu cajado ao chão.
Steve Maxpower – Quem é ele?
Morran – O nome dele é Shinnn, Shinnn, Shin qualquer coisa.
Shin Yugoth – É Shin Yugoth. Venham, vou levá-los para descansar e cuidar dos ferimentos.
Morran e Maxpower queriam fazer muitas perguntas, mas estavam cansados demais e aceitaram a oferta do viajante, eles caminham mata adentro até chegarem à cabana oferecida a eles para o descanso.
Após se acomodarem, Yugoth começa a fazer o curativo em Morran enquanto responde as perguntas de Steve Maxpower sobre os lobos.
                Shin Yugoth – Digamos que eles estavam sendo controlados por outras almas.
                Steve Maxpower – Você quer dizer que aqueles lobos estavam possuídos?! E como você os controlou?
Shin Yugoth explica para Maxpower que tem o poder de controlar espíritos de guerreiros aprisionados por ele no cajado, mas somente espírito de guerreiros mortos por animais selvagens, por esse motivo Yugoth pode invocar tais espíritos para que possuam e controlem os seres da selva.
                Shin Yugoth – Os lobos estavam protegendo minha cabana do mal que aflige Golich, aliás, é por isso que vocês estão por aqui, não é? Vocês são enviados da guarda real.
                Morran – O que você está dizendo? Será um homem morto se nos chamar assim novamente!
                Steve Maxpower – Calma Morran, ele disse enviados, e sim, somos da guarda real e estamos aqui para solucionar o problema de Golich, mas para isso precisamos entrar no reino.
                Shin Yugoth – Vamos dormir, amanhã entro com vocês.
Morran não entendeu aonde Maxpower quer chegar com tal calúnia, mas ficou satisfeito com o resultado, Shin Yugoth irá colocá-los dentro do reino de Golich e assim poderão encontrar as Sete Salas.
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8 Verdades

mr.Poneis disse... [responder]

Oh VS!!!

Esse nome!? Quem é esse xamã??? O Clover morreu para a conveniência de quem??? era um personagem tão promissor! E cadê o necromance/alquimista??? O filho do ferreiro vai ficar por aquilo mesmo?

Muitas perguntas, mas realmente apenas surpreso por um capítulo novo ter saído tão cedo...

até mais ver
mr.poneis

Ps.: Mago oriental com poderes da floresta que sabe coisas interessantes sobre o desenvolvimento da trama... Se eu pudesse optar seria o velho narcoléptico de dois metros... precisamos fazer uma reunião editorial dia (jogar rpg) dia desses...

Ps2.: Skalla-Mel combi!!! Curioso como esta parte da história vai se desenvolver...

Ps3.: Parece que Tama não colou mesmo...

Leonardo T. Oliveira disse... [responder]

MORRA com esse vídeo na lateral do seu blog, meu.

Agregador Toneladas disse... [responder]

Bom dia,

Caso não conheça venho por meio deste contato lhe convidar a conhecer o novo Agregador Toneladas!

Começamos a pouco tempo e gostaríamos de crescer junto com você!

Atenciosamente,
Equipe Toneladas
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Anônimo disse... [responder]

ENfia esse video no RABO! MUsica RIDICULA!!!!!!

Anônimo disse... [responder]

vai se fode com essa musica heim

Herp Derper disse... [responder]

TL;DR

Paulo Andre disse... [responder]

MUSICA RIDICULA QUE MERDA

ORAÇÃO É O CARALHO

Anônimo disse... [responder]

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